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O presidente da China, Xi Jinping, encerrou nesta semana uma viagem pelo continente americano com um saldo altamente favorável ao seu país. No total, o chefe de Estado chinês assinou 24 acordos de cooperação com Trinidad e Tobago, Costa Rica e México, enquanto a Nicarágua anunciou a concessão por 100 anos a uma empresa chinesa para a construção de uma alternativa ao canal do Panamá.

O projeto reforçará a influência de Pequim no comércio entre o Pacífico e o Atlântico, uma rota naval que agora está dominada pelos Estados Unidos.

A proposta de construção do Canal da Nicarágua foi aprovada na quinta-feira pela Assembleia Nacional. O projeto está orçado em US$ 40 bilhões.

A Assembleia Nacional, controlada pela esquerda, aprovou o projeto por 61 votos a favor e 28 contra.

Visto com certo ceticismo por especialistas em navegação e com preocupação por ambientalistas, a construção de um canal entre o Atlântico e Pacífico é uma ambição antiga da Nicarágua.

O governo do presidente Daniel Ortega espera que a construção do canal ajude a transformar a realidade socioeconômica da população de um dos países mais pobres do continente americano.

Ainda não há, entretanto, detalhes completos sobre qual será a rota do canal nem informações claras sobre o modelo de financiamento, assim como estudo da viabilidade econômica do projeto.

A concessionária HK Nicaragua Canal Development Investment Co. terá direitos exclusivos para projetar e construir o canal, enquanto o governo da Nicarágua terá direito a uma fatia minoritária de lucros futuros com a operação do canal.

Apesar de não haver detalhes sobre a rota do canal, ambientalistas alegam que o traçado "certamente" englobará o Lago Nicarágua, fonte primária de água potável para o país. Segundo eles, desenvolver na Nicarágua um dos maiores projetos de infraestrutura do mundo afetará gravemente o lago.

Especialistas em navegação, por sua vez, advertem que a demanda por grandes cargueiros está em declínio e que o desaquecimento da calota de gelo do Oceano Ártico, abrindo novas rotas, podem prejudicar a viabilidade econômica do canal nicaraguense.

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