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Imagem dos destroços de muro que protegia a Casa do Moralista em site arqueológico na Pompeia, Itália | AFP PHOTO / ROBERTO SALOMONE
Imagem dos destroços de muro que protegia a Casa do Moralista em site arqueológico na Pompeia, Itália| Foto: AFP PHOTO / ROBERTO SALOMONE

Mais uma parte do sítio da era romana de Pompeia, de 2 mil anos de idade, desabou na terça-feira, provocando mais ataques ao governo italiano dos críticos que afirmam que os dois desabamentos ocorridos este mês indicam a necessidade de ação urgente.

Autoridades afirmaram que uma parte de sete metros de extensão de um muro de retenção moderno no jardim da "Casa do Moralista", no sítio arqueológico, desabou com as chuvas pesadas na região.

A parede, feita de pedras de tufo e argamassa, era parte da área perimetral do complexo da casa, também conhecida como a Casa de Epidius Hymenaeus.

A casa em si não foi afetada pelo colapso e a parede não era antiga. Foi construída depois da Segunda Guerra Mundial para reparar a estrutura original, que havia sido bombardeada durante o conflito.

O ministro da Cultura italiano, Sandro Bondi, que foi pressionado a renunciar após o desabamento de 6 de novembro de parte da "Casa dos Gladiadores", tentou minimizar a importância do incidente de terça-feira. "Precisamos colocar o que aconteceu no contexto e evitar alarmismo inútil", disse ele num comunicado.

Mesmo assim, políticos e arqueólogos criticaram o governo, dizendo que deveria ser feito mais para proteger as ruínas de Pompeia antiga, enterrada pela erupção do Vesúvio em 79 a.D..

"Pouco ou nada tem sido feito para proteger esse patrimônio imenso", disse Claudio D'Alessio, prefeito da cidade de Pompeia, cuja economia vem em boa parte do turismo.

"Apesar de toda a atenção (depois do desabamento de 6 de novembro), ainda estamos falando sobre desabamentos", afirmou ele, acrescentando que o governo deveria ter feito uma intervenção de emergência há três semanas.

Historiadores da arte e moradores há anos reclamavam que os sítios arqueológicos de Pompeia, ao sul de Nápoles, estavam em situação precária e precisavam de manutenção regular.

A oposição italiana já falou que apresentará uma moção de não-confiança contra Bondi, um dos ministros mais leais ao premiê Silvio Berlusconi. Bondi recusa-se a renunciar.

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