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O segundo resultado de um exame de DNA feito com o presidente paraguaio, Fernando Lugo, em função de um pedido de verificação de paternidade, deu negativo, anunciou na terça-feira o laboratório que fez o exame, o que exclui a possibilidade de Lugo ser o pai biológico da criança.

As denúncias de paternidade e ações contra Lugo, ex-bispo da Igreja Católica, afetaram sua imagem de governante honesto desde que vieram à tona, há pouco mais de um ano, mas o primeiro exame de DNA ordenado pela justiça e realizado trará certa tranquilidade ao presidente em um ano complicado para ele.

Lugo está sendo submetido a sessões de quimioterapia para tratar um câncer linfático diagnosticado recentemente, e alguns políticos da oposição acham que ele deveria se afastar para cuidar de sua saúde.

A juíza encarregada do processo aberto por Hortensia Morán, militante de um partido de esquerda que exerceu papel muito ativo na campanha que conduziu Lugo ao poder, ordenou que fossem colhidas amostras de DNA dos três envolvidos, para serem analisadas em três laboratórios.

Os dois primeiros resultados foram negativos. Ainda falta ser conhecido o resultado da terceira amostra, que foi enviada aos Estados Unidos.

"O segundo resultado coincidiu com o primeiro, negativo --é excludente," disse a jornalistas o advogado do presidente, Marcos Fariña, depois de tomar conhecimento do resultado obtido pelo laboratório Biodiagnóstica, que enviou as amostras ao Brasil.

Morán, que assegura que teve uma relação com Lugo depois de este ter renunciado ao bispado, havia questionado a veracidade do primeiro resultado. Ela disse que vai esperar o terceiro resultado para decidir que atitude tomar.

"É uma situação muito adversa, mas eu, como mulher e como mãe, não perco a fé e vou esperar o terceiro. É difícil, a situação se complica para nós, mas ainda tenho muita fé," disse ela.

Farinã disse que a juíza deferiu um pedido para impedir que sejam apresentadas mais provas e, assim, evitar que Morán possa convocar colaboradores do presidente para depor.

Ele acrescentou que não descarta a possibilidade de processar Morán pelos danos causados à imagem do presidente, que recebeu a notícia "com tranquilidade."

Lugo se submeteu na sexta-feira à segunda sessão de quimioterapia, e um boletim médico divulgado pela Presidência disse que ele está sem sintomas, sem restrições em sua agenda e que se submeterá às análises de rotina.

Em abril de 2009 Lugo assumiu a paternidade de um menino concebido quando ele ainda era bispo. O caso incentivou a apresentação de outras denúncias e ações semelhantes. O presidente tomou posse em 2008 para um mandato de cinco anos.

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