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O novo juiz que preside o processo por genocídio contra Saddam Hussein expulsou da sala o ex-presidente iraquiano por ele ter se negado a se sentar, pouco depois do início da sessão de quarta-feira.

Os advogados de defesa também saíram em protesto pela saída do antecessor do juiz Mohamed al Ureybi.

- Tirem-no da sala - ordenou Ureybi aos guardas depois de Saddam, desafiante, ter se negado a sentar.

Ureybi foi nomeado para levar adiante o julgamento depois que o governo demitiu Abdullah al-Amiri por dizer que Saddam não era um ditador.

O tribunal está julgando Saddam Hussein, seu sobrinho Ali Hassan al-Majeed, conhecido como "Alí o Químico", e a outras cinco pessoas por crimes de guerra e crimes contra a humanidade por seu papel na campanha Anfal de 1988 contra a etnia curda.

Saddam e Majeed também são acusados da acusação mais grave de genocídio. Todos podem ser condenados à forca se forem considerados culpados.

O restante dos acusados permaneceu na sala, enquanto o julgamento continuava com o testemunho de curdos.

A decisão do primeiro-ministro xiita, Nuri al-Maliki, de trocar os juízes provocou críticas por parte de alguns grupos internacionais de direitos legais, que alegam que a pressão do governo e a violência sectária no Iraque tornam impossível um julgamento justo para Saddam.

O juiz que presidia o processo contra Saddam em outro caso, a morte de 1489 xiitas depois de um atentado contra sua vida ocorreu em 1982, se demitiu em protesto pela interferência governamental.

O tribunal foi criado pelas autoridades de ocupação americana para julgar o líder derrubado em 2003. Os primeiros dois casos se concentraram nos crimes contra xiitas e curdos, oprimidos durante o governo sunita de Saddam.

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