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Garoto caminha em um vilarejo destruído pelo tsunami no Japão | REUTERS/Toru Hanai
Garoto caminha em um vilarejo destruído pelo tsunami no Japão| Foto: REUTERS/Toru Hanai

Comunidade japonesa de Maringá decide arrecadar dinheiro para o Japão

A Associação Cultural e Esportiva de Maringá (Acema) pretende arrecadar fundos para o Japão, a fim de ajudar famílias que foram atingidas pelos desastres causados pelos terremotos e pelo tsunami da semana passada. A ideia foi discutida pela diretoria na noite de segunda-feira (14). Leia mais

Interatividade

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Governo tem linha para informação de parentes no Japão

O Núcleo de Atendimento a Brasileiros (NAB), que está em contato com a rede consular no Japão, colocou linhas de atendimento à disposição do público: (61) 3411-6752/6753/8804, das 8h às 20h, e (61) 3411-6456, das 20h às 8h e nos finais de semana. Consultas poderão também ser dirigidas ao endereço eletrônico dac@itamaraty.gov.br.

Saiba mais

Informações

Na página do Consulado-Geral do Brasil em Tóquio há telefones de contatos disponibilizados para os brasileiros buscarem informações sobre parentes no Japão.

Uma ferramenta do Google ajuda na troca de informações sobre familiares que não conseguem comunicação com pessoas que estão no Japão. No Person Finder, qualquer pessoa pode dar e pedir informações sobre o estado de saúde e localidade de uma possível vítima da tragédia. O site, em inglês e japonês, é colaborativo e possui uma base de dados que procura nomes dos moradores.

Um terremoto com magnitude preliminar de 6,1 graus na escala Richter ocorreu no Japão nesta terça-feira (15), informou o Serviço de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês). O tremor teve seu epicentro a 115 quilômetros do sudoeste de Tóquio, a uma profundidade pequena.

O terremoto ocorreu às 22h31 (horário local). A cidade mais próxima desse tremor é Shizuoka. Não há informações sobre feridos ou danos por esse novo fenômeno.

Vítimas

Nesta terça-feira, o número oficial de mortos pelo terremoto de 8,9 graus na escala Richter e pelo subsequente tsunami que atingiram o Japão na sexta-feira (11) chegou a 3.373, segundo a polícia. O total de desaparecidos é de 6.746, enquanto o número de feridos se manteve em 1.897.

A crise nuclear no Japão subiu na escala de gravidade. O acidente ocorrido na usina nuclear Daiichi, em Fukushima, é agora classificado como de nível 6, em um escala internacional para acidentes nucleares que vai até 7, disse Andre-Claude Lacoste, chefe da Autoridade de Segurança Nuclear da França. O acidente em 1979 em Three Mile Island, na Pensilvânia, Estados Unidos, é classificado como de escala 5. Já o desastre nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, considerado o pior da história, é apontado como nível 7.

Fuga

Várias pessoas deixaram Tóquio e moradores permaneceram dentro de suas casas em meio a temores de que a radiação de uma usina nuclear atingida pelo terremoto de sexta-feira afete a capital japonesa. Apesar das garantias do governo municipal de que os baixos níveis de radioatividade detectados até o momento "não são um problema", moradores e turistas decidiram que permanecer na cidade era simplesmente arriscado demais.

Várias empresas retiraram seus funcionários de Tóquio, visitantes reduziram as férias e companhias aéreas cancelaram voos. A Administração de Aviação dos Estados Unidos informou que está se preparando para redirecionar rotas caso a crise nuclear se agrave.

Aqueles que permaneceram na capital japonesa estocavam alimentos e outros suprimentos, temendo os efeitos da radiação, que levou pânico à cidade de 12 milhões de habitantes.

Radiação

Dados japoneses indicam que os índices de radioatividade caíram drasticamente na usina nuclear mais danificada pelo terremoto e o tsunami da semana passada, disse a agência nuclear da ONU nesta terça-feira.

De acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), um índice de radiação de 11,9 milisieverts (mSv) por hora foi observado no portão principal da usina nuclear de Fukushima, na noite de segunda-feira (horário de Brasília).

Seis horas depois, o índice caiu para 0,6 milisieverts, segundo comunicado da agência sediada em Viena. A AIEA usa a unidade para medir doses de radiação recebida pelas pessoas.

Catástrofe

O Japão enfrenta a possibilidade de uma catástrofe, após a explosão da usina nuclear que liberou uma nuvem de baixa radiação. O primeiro-ministro Naoto Kan pediu que as pessoas não saiam de casa num raio de 30 quilômetros em torno da usina - área onde vivem 140 mil moradores.

Cerca de oito horas após as explosões, a Organização Meteorológica Mundial disse que os ventos estavam dispersando o material radiativo sobre o oceano Pacífico, longe do Japão e de outros países asiáticos. Mas a agência meteorológica da ONU acrescentou que as condições meteorológicas podem mudar.

Os níveis de radiação na cidade de Maebashi, 100 quilômetros a norte de Tóquio, e na província de Chiba, perto da cidade, são até dez vezes superiores aos níveis normais, segundo a agência de notícias Kyodo.

Na capital são registrados apenas níveis mínimos, que segundo as autoridades municipais até agora "não são um problema".

Em um sombrio pronunciamento à nação, Kan disse que "a possibilidade de vazamento radioativo ainda está aumentando". "Estamos fazendo todos os esforços para evitar que o vazamento se propague. Sei que as pessoas estão muito preocupadas, mas eu gostaria de pedir que ajam com calma."

Dois reatores da usina Fukushima Daiichi registraram explosões na terça-feira, após vários dias de esforços frenéticos para resfriá-los. A agência Kyodo disse que a piscina de resfriamento de combustível nuclear no reator número 4 pode estar fervendo, o que sugere que a crise está longe de terminar na central nuclear, que fica 240 quilômetros ao norte de Tóquio.

Níveis de 400 milisieverts por hora foram registrados perto do reator número 4, segundo o governo. A exposição a mais de 100 milisieverts por ano já pode levar ao câncer, segundo a Associação Nuclear Mundial. O governo disse mais tarde que os níveis de radiação em torno do complexo tinham despencado.

A empresa que opera a usina retirou 750 trabalhadores do local, restando apenas 50, e o sobrevoo de aeronaves foi proibido num raio de 30 quilômetros em torno da usina.

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