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Cairo – Dois atentados suicidas foram praticados ontem no norte do Sinai, um deles no momento da passagem de homens da Força Multinacional e Observadores (FMO), sem deixar vítimas. O primeiro terrorista detonou a carga presa em seu corpo na passagem de um veículo que transportava um oficial da Polícia egípcia e dois membros da FMO, na região de al-Gora, a 25 quilômetros da Faixa de Gaza, de acordo com um comunicado do Ministério do Interior. "Os vidros do veículo ficaram estilhaçados", acrescentou o texto.

O segundo suicida estava em uma bicicleta e detonou sua carga explosiva na passagem do veículo de dois oficiais egípcios que foram até o local do primeiro ataque, informou o Ministério do Interior. "O terrorista morreu no local, mas a explosão não causou estragos", segundo o comunicado. O governador do norte do Sinai, Ahmad Abdel Hamid, declarou à televisão pública que os dois atentados ocorreram com cerca de vinte minutos de intervalo e por volta de quinze quilômetros de distância de um para o outro.

Estes ataques foram praticados dois dias depois de um triplo atentado em Dahab, no sudeste do Sinai, que deixou 18 mortos e dezenas de feridos. Fontes de segurança indicaram que poderia existir uma ligação entre os ataques de Dahab, os de Sharm el-Sheik e de Taba (34 mortos, em outubro de 2004). Os dois últimos foram atribuídos pela justiça a um grupo islâmico, Al-Tawhid wal Jihad. Desde os atentados de Dahab, 30 suspeitos egípcios foram presos, na maioria beduínos do norte do Sinai, de acordo com fontes de segurança. A FMO é uma missão de paz, não ligada à ONU, mobilizada no Sinai desde a retirada israelense da península. Onze países participam desta missão liderada pelos EUA. Ela é encarregada de vigiar a aplicação dos acordos entre egípcios e israelenses limitando os efetivos militares, os armamentos e as bases no Sinai egípcio e israelense.

A porta-voz do Ministério do Interior do Egito, Madgy Rady, disse que os ataques de ontem podem estar ligados aos do resort, na segunda-feira. A polícia interrogou mais de 80 pessoas sobre as explosões de Dahab, mas ninguém foi formalmente acusado. Nenhum grupo assumiu a autoria dos ataques desta semana.

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