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Ancara (AFP) – O medo da propagação da gripe aviária da Turquia para a Europa, o Cáucaso e o Oriente Médio aumentou ontem. Três pessoas morreram com a doença na Turquia neste mês e mais de 100 apresentam sintomas como dificuldade para respirar e febre. Há 12 casos confirmados do vírus H5N1 em humanos. A Romênia detectou dois focos em animais de áreas agrícolas. No mesmo dia, a China anunciou duas mortes de humanos.

A gripe das aves pode se tornar "endêmica" na Turquia e "ameaçar os países vizinhos", advertiu a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), que considerou "crucial" a coordenação da luta contra o vírus. A FAO fez um apelo aos vizinhos da Turquia – Armênia, Azerbaijão, Geórgia, Iraque, Irã e Síria – "para que permaneçam em alerta e apliquem medidas de vigilância e luta", informando às suas respectivas populações "sobre a evolução da situação e o risco ao qual estão expostas".

No Iraque, as autoridades curdas baniram o comércio local de galinhas vivas por medo de que a doença mortal cruze a fronteira com a Turquia. Em outubro passado, o governo iraquiano havia proibido a importação de aves vivas e produtos aviários procedentes daquele país. A Bulgária fez 7 mil análises com sangue de aves vivas e mortas e não detectou casos da gripe, disse o ministro da Agricultura, Nihat Kabil.

A preocupação é maior porque, apesar de diversas vacinas já estarem sendo aplicadas em aves e humanos, como na Romênia, nenhuma fórmula é comprovadamente eficiente. Além disso, a distribuição de vacinas em larga escala deve demorar meses, enquanto o vírus H5N1 tem condições de se propagar em poucos dias.

Controle

O governo turco abateu 306 mil aves como medida preventiva. As autoridades insistem que a propagação da gripe aviária no país está sob controle, depois da confirmação de 15 casos de contágio do vírus em humanos. Em duas das três mortes registradas foi identificado o vírus H5N1.

Um encarregado da Organização Mundial da Saúde (OMS) apoiou Ancara, ao considerar "apropriada" a tentativa do governo turco de assegurar que não há "razão para pânico". "A situação foi levada a sério desde o início. Não há qualquer risco de viajar para a Turquia", disse Marc Danzon, diretor-regional da OMS na Europa. Ele considera que ainda não há provas de que o vírus H5N1 passe de pessoa para pessoa.

A China confirmou que mais duas pessoas – uma menina de 10 anos e um homem de 35 – morreram no mês passado em conseqüência de complicações trazidas pela gripe aviária, elevando para cinco o total de chineses mortos pela doença, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Como a Turquia, o país deve enfrentar monitoramento por parte da OMS.

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