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O ano de 2009 já registra o maior número de mortes de jornalistas por motivos ligados à atividade desde quando o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ ), que divulgou ontem balanço anual preliminar, iniciou a contagem, em 1992.

As 68 mortes com motivação confirmada representam aumento de 60% sobre 2008, mas se devem sobretudo ao massacre de 29 jornalistas – de um total de 57 pessoas – em novembro nas Filipinas, devido a uma suposta disputa de clãs.

O episódio, em que um comboio de vans foi sequestrado quando se dirigia ao local de registro de uma candidatura opositora na Província de Manguidanao (sul), é o mais violento contra jornalistas já registrado pelo CPJ. No país, foram mortos ainda durante o ano três outros repórteres, totalizando 32.

"As mortes nas Filipinas são um chocante, mas não inteiramente surpreendente, produto de uma realidade de longo prazo’’, disse no relatório o coordenador do programa para a Ásia, Bob Dietz.

Antes do massacre nas Filipinas, o episódio com mais vítimas havia sido o ataque à sede da TV Al Shaabiya, em Bagdá, em outubro de 2006, em que 11 profissionais morreram. Já o ano com o maior número de mortes de jornalistas era o de 2007, quando o Iraque ainda registrava picos de violência.

O segundo país em que mais morreram profissionais da mídia neste ano foi a Somália, com ao menos nove vítimas. Em terceiro vêm, com quatro, o Iraque e o Paquistão – atualmente palco de violentos conflitos entre o Exército, sob pressão dos EUA, e a insurgência ligada ao Taleban. Segue a Rússia, com três.

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