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Autoridades paquistanesas informaram nesta Quarta-feira que o número oficial de mortes causadas pelo devastador terremoto que atingiu o norte do país nomes passado foi atualizado para 73.276 e que pode ser ainda maior. O general-major Farooq Ahmed Khan disse que a expressiva diferença entre a cifra de 57.600, divulgada na terça-feira, e a atual pode estar relacionada aos esforços para a retirada dos escombros desde a tragédia do dia 8 de outubro. Na região da Kashimira Indiana, também atingida pelo tremor, outras 1.300 mortes foram confirmadas.

- Infelizmente, o número de mortes subiu para 73.256 e o número de feridos supera 69 mil - disse Khan, admitindo que a contagem ainda não foi encerrada e informando que os atingidos estão seriamente feridos.

A região da Cashemira paquistanesa registrou um tremor de 7.6 pontos. Foi o mais forte a atingir o Sul da Ásia em cem anos, deixando mais de três milhões de pessoas desabrigadas com a perspectiva de enfrentarem o rigoroso inverno da região do Himalaia.

Khan disse ainda que o governo recebeu cerca de US$ 2 bilhões para força-tarefa de reconstrução, valor ainda muito aquém do custo estimado de US$ 5 bilhões.

O Paquistão espera receber mais doações no dia 19 de novembro, durante uma conferência que contará com a presença do secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Kofi Annan. A ONU, que lidera um esforço internacional para alívio dos impactos do desastre na região, disse que os doadores falharam em fornecer recursos suficientes para o trabalho de ajuda de emergência e alertou que a mesma quantidade de pessoas que morreram com os tremores ainda pode perecer com a chegada do inverno a não ser que o auxílio chegue rapidamente.

Jacob Kellenberger, presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, visitou seu hospital de emergência em Muzaffarabad, a fortemente atingida capital da Cashemira Paquistanesa, e mencionou uma corrida contra o tempo, com a aproximação do inverno. Ele disse que o comitê assiste dez mil pessoas ao dia e esperava cobrir as necessidades de 150 mil até meados de novembro.

- O clima está realmente ficando muito rigoroso e está se tornando mais difícil. Tentamos aproveitar o máximo os dias de bom tempo para alcançar lugares aonde não se pode chegar por estradas.

A agência de refugiados da ONU disse que disponibilizou 12 acampamentos para os desabrigados e mais vítimas deverão se dirigir das montanhas à medida que as condições climáticas vão piorando. A representante da agência no Paquistão, Guenet Guebre Christos, fez um apelo aos doadores para enviarem mais recursos financeiros.

- Para evitar uma segunda onda de mortes relacionadas ao inverno, precisamos de mais ajuda e equipes técnicas - disse.

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