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Centenas de haitianos fizeram fila na favela Cité Soleil para receber pacotes de comida, água e biscoitos | Ana-Bianca Marin/Reuters
Centenas de haitianos fizeram fila na favela Cité Soleil para receber pacotes de comida, água e biscoitos| Foto: Ana-Bianca Marin/Reuters

Ministro Celso Amorim sugere "Plano Lula" de reconstrução

O ministro de Relações Exte­­riores, Celso Amorim, anunciou anteontem em Porto Príncipe que o governo brasileiro deve dobrar a ajuda financeira ao país, destruído pelo terremoto do dia 12. O dinheiro, segundo Amorim, será destinado à reconstrução do Haiti. A informação foi passada por Amorim ao premiê haitiano, Jean-Max Bellerive.

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Sobreviventes rezam e fazem apelo pela recuperação do país

Os haitianos se reuniram neste domingo nos locais de culto do país que continuam de pé para rezar e chorar pelos mor­­tos do terremoto do dia 12. Nos arredores da catedral de Porto Príncipe, centenas de pessoas oravam, cantavam e faziam um apelo à reconstrução do Haiti. As orações aconteceram na véspera de uma reunião de emergência em Montreal para coordenar a ajuda humanitária.

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O total confirmado de mortos no terremoto do Haiti chega a 150 mil, apenas na região metropolitana da capital Porto Príncipe, informou ontem o governo do Haiti. Milhares de cadáveres ainda se encontram presos sob destroços em outras partes do país. A ministra Marie-Laurence Jocelyn Lessegue disse que o nú­­mero se baseia em numa contagem de corpos da capital e arredores feita pela CNE, a estatal que vem reunindo os cadáveres e le­­vando-os para uma vala comum ao norte de Porto Príncipe. Um terremoto de 4,7 graus na escala Richter atingiu ontem o Haiti, a cerca de 30 km de Porto Príncipe, segundo informações do US Geological Survey (Ins­­ti­­tuto de Geofísica dos Estados Uni­­dos). O tremor foi registrado às 21h51 (18h51, horário de Bra­­sí­­lia), em uma profundidade aproximada de 4,1 km. Até o fe­­cha­­men­­to desta edição, não ha­­via notícias de da­­nos ou feridos.As tropas internacionais da Organização das Nações Unidas (ONU) lideradas pelo Brasil distribuíram ontem comida e água em uma das maiores favelas do Haiti, em meio a críticas de que as vítimas do terremoto não estavam recebendo auxílio rápido o suficiente. Os sobreviventes fo­­ram acomodados em más condições em cerca de 300 acampamentos improvisados por toda Porto Prín­­cipe, capital do país.

Na favela Cité Soleil, integrantes do Exército norte-americano formaram um corredor ao lado de casas, enquanto centenas de haitianos fizeram fila para receber pacotes de comida, água e biscoitos. A favela tem sido um foco de violência, mas não houve registros de problemas durante a entrega dos alimentos.

Instruções sobre a distribuição foram feitas por meio de alto-fa­­lantes em caminhões, e os sacos de arroz, feijão e farinha de milho foram entregues.

"A ajuda que temos disponível está sendo distribuída", disse o tenente-general Ken Keen, co­­man­­dante da operação militar norte-americana no Haiti. Em resposta às críticas, o diretor da USAid (Agência dos Estados Uni­­dos para o Desenvolvimento In­­terna­­cio­­nal), Rajiv Shah, disse que sua or­­ga­­nização está fazendo tudo que po­­de, em circunstâncias difíceis.

Além dos desafios logísticos, há ainda preocupações sobre a segurança e as operações de distribuição de comida. O Programa Mundial de Alimentos foi forçado a suspender algumas das atividades de distribuição, após ataques a dois de seus comboios de ajuda na última sexta-feira, disse Thiry Benoit, diretor-adjunto da agência da ONU para o Haiti. Uma maternidade no subúrbio de Petionville fez um pedido urgente por comida, no sábado, dizendo que estava lotada de mu­­lheres grávidas e sem alimentos disponíveis.

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