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O número de africanos vitimados pela pobreza aumentou em cerca de 100 milhões nos últimos 25 anos, declarou o Banco Mundial nesta sexta-feira, apesar de anos de crescimento econômico e programas de ajuda de muitos milhões de dólares.

As cifras do relatório, descritas como “estarrecedoras” por Makhtar Diop, representante da entidade na África, revelaram desnutrição generalizada e violência crescente entre civis, particularmente nas regiões centrais e no Chifre da África.

“A projeção é que os extremamente pobres do mundo se concentrarão cada vez mais na África”, acrescentou Diop em um prefácio.

Em um grande estudo feito em residências para se tomar pé das economias e sociedades do continente depois de duas décadas de crescimento relativamente forte, o Banco disse que 388 milhões de pessoas - 43 % das 900 milhões da região subsaariana - vivem com menos de 1,90 dólar por dia.

Em 1990, início do período do estudo, a cifra era de 56%, ou 284 milhões.

As descobertas apresentam resultados diversificados para países que, na média, tiveram um crescimento econômico de 4,5 % ao longo das últimas duas décadas, apelidadas de ‘Levante da África’ em contraste com a estagnação pós-independência, as guerras e a decadência que marcaram os anos 1970 e 1980.

Hoje uma criança nascida na África tem chance de viver mais de seis anos a mais que uma nascida em 1995, segundo o estudo, e o índice de alfabetização de adultos cresceu 4 pontos percentuais no mesmo período.

Entretanto, o Banco Mundial definiu as conquistas sociais africanas como “baixas em todos os campos” - por exemplo, a tolerância com a violência doméstica no continente é duas vezes maior do que em outras regiões em desenvolvimento - e enfatizou que as taxas de melhoria estão estacionando.

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