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Enquanto paira sobre nós a perspectiva de repetirmos a divisão entre o resultado do voto popular e o resultado do voto do colégio eleitoral que aconteceu na eleição de 2000, o comentarista Dan Foster, da National Review, defende que os conservadores deveriam resistir à tentação de engrossar o coro daqueles que criticam o colégio eleitoral, no caso de que uma vitória por voto popular de Romney ainda deixe o candidato republicano com alguns votos faltando para se eleger presidente:

Nas palavras de Tara Ross, uma das melhores defensoras do colégio, no sistema eleitoral atual o presidente deve garantir o apoio de uma grande coligação de "entidades heterogêneas", sendo elas próprias facções "seguras" e "compostas de indivíduos com uma ampla variedade de interesses". Benjamin Harrison perdeu o voto popular para Grover Cleveland em 1888 por causa da predominância deste no sul, mas ganhou a Presidência com uma coligação de estados no nordeste e centro-oeste e ao longo da costa do Pacífico. Do mesmo modo, quando Bush venceu Gore, apesar de perder o voto popular, ele o fez ganhando 30 estados.

Liberais

Esse argumento não costuma ser muito palatável para quem é de esquerda (é justo dizer que o grosso dos entusiastas do grupo do National Popular Vote é desproporcionalmente liberal). Mas, ao lê-lo, eu pensei imediatamente no quanto os liberais, assustados pelas pesquisas recentes da Organização Gallup mostrando uma superioridade de 5 ou 6 pontos de Romney entre prováveis eleitores, pularam avidamente nas tabelas da Gallup mostrando uma vitória apertada de Obama em quase todas as regiões, exceto no sul, onde ele está sendo absolutamente esmagado.

Eu acredito nas virtudes do colégio eleitoral, e ele tem cumprido bem suas funções nos nossos últimos 200 anos. Mas às vezes eu tenho medo de que ele funcione melhor quando a política presidencial produz vitórias esmagadoras com maior frequência do que eleições acirradas, e um longo período de polarização 50-50, estilo Bush versus Gore, faz com que um resultado contra-majoritário aconteça mais do que devia – o que, por sua vez, submeteria o colégio a um teste político que ele não pode passar.

Tradução: Adriano Scandolara

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