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O papa Francisco em audiência especial com delegações de Peru e Trentino, no Vaticano, 10 de dezembro. Fala mal interpretada do papa levou a confusão sobre o ensino da Igreja Católica a respeito de pecados sexuais
O papa Francisco em audiência especial com delegações de Peru e Trentino, no Vaticano, 10 de dezembro. Fala mal interpretada do papa levou a confusão sobre o ensino da Igreja Católica a respeito de pecados sexuais| Foto: EFE/EPA/FABIO FRUSTACI

Uma das respostas do papa Francisco aos jornalistas que o acompanhavam em recente viagem de retorno à Roma ganhou manchetes em vários jornais, gerando confusão sobre o ensino da Igreja Católica a respeito de pecados sexuais. A fala, contudo, foi feita de improviso, tendo como contexto o caso específico do arcebispo de Paris, Michel Aupetit, que renunciou após ser acusado de manter um relacionamento amoroso com sua secretária.

Após sua viagem apostólica à Grécia e Chipre, durante o voo, um dos repórteres questionou o papa sobre a razão que o levou a aceitar a renúncia, já que Aupetit nega as acusações. Em resposta, o papa explica que sua decisão se deu por causa dos danos à reputação do arcebispo, detalhando o caso.

"A fofoca cresce, cresce, cresce e tira a fama da pessoa. Ele não poderá falar porque perdeu a reputação, e isso é uma injustiça, e é por isso que aceitei a renúncia de Aupetit", disse o papa, lembrando que o arcebispo foi acusado de pecar contra o sexto mandamento, devido a "carícias" e "massagens" que fazia à secretária. Nesse ponto, Francisco acrescentou que "é um pecado, mas não é um dos pecados mais graves, porque os pecados da carne não são os mais graves". O caso envolvendo Aupetit ocorreu há cerca de dez anos quando ele era vigário de Paris. O suposto relacionamento com a secretária consistiria numa quebra do celibato, condição na qual sacerdotes católicos se comprometem a não casar, nem ter relações sexuais.

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