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O presidente dos EUA, Barack Obama, prometeu na quarta-feira (1º) que "extremistas e rejeicionistas" não vão atrapalhar a retomada das negociações entre israelenses e palestinos, embora a violência no Oriente Médio tenha lançado uma sombra sobre o início da cúpula de paz. Ele pediu que israelenses e palestinos aproveitem o momento para tentar chegar a um acordo de paz para a região.

Chamando de "massacre insensato" o assassinato de quatro colonos israelenses da Cisjordânia por militantes do grupo islâmico Hamas, ocorrido na véspera, Obama disse: "A mensagem deve chegar ao Hamas e a todos os demais que estejam recebendo o crédito por esses crimes hediondos que isso não vai nos impedir não só de garantir um Israel seguro, mas também garantir uma paz duradoura", disse Obama a jornalistas.

Ele disse ter havido progressos nas reuniões individuais que manteve com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, antes das negociações diretas que os dois líderes realizarão na quinta-feira, algo que não ocorre há 20 meses.

A meta de Obama - vista por muito com ceticismo - é em 12 meses chegar à criação de um Estado palestino que conviva em paz com Israel.

"Haverá extremistas e rejeicionistas que, ao invés de buscarem a paz, estão buscando a destruição. E a tragédia que vimos ontem, onde pessoas foram abatidas na rua por terroristas que estão propositalmente tentando abalar este diálogo, é um exemplo do que enfrentamos", afirmou.

O Hamas disse que o atentado de terça-feira em Hebron foi o primeiro de uma série destinada a solapar a negociação de Abbas, da facção rival Fatah, com Israel.

Conciliador

Faltando poucos dias para terminar a moratória adotada por Israel na ampliação dos assentamentos em territórios ocupados - um tema que pode atrapalhar as negociações - o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, adotou um tom conciliador a respeito da possibilidade de que palestinos e judeus compartilhem Jerusalém, uma questão crucial para o fim de mais de meio século de conflito.

Netanyahu também pareceu atenuar sua linguagem, chamando Abbas de "meu parceiro na paz" e prometendo acabar com o conflito "de uma vez por todas", segundo trechos do discurso que fará no jantar de quarta-feira na Casa Branca.

Mas Netanyahu também deve enfatizar as exigências israelenses de que o eventual acordo envolva medidas de segurança para que o futuro Estado palestino seja desmilitarizado e não se torne um "encrave terrorista patrocinado pelo Irã".

A profunda desconfiança entre os dois lados é um dos maiores obstáculos à busca de Obama pela chamada solução com dois Estados, que tantos antecessores dele tentaram sem sucesso conseguir.

Há também o perigo de que o fracasso atrapalhe as tentativas de Obama de conquistar o mundo islâmico, num momento em que ele busca solidariedade contra o Irã.

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