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O presidente americano, Barack Obama, admitiu nesta sexta que existe um "impasse militar" em campo na Líbia, mas afirmou que os Estados Unidos e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) evitaram uma "carnificina por atacado" e que o governante líbio Muamar Kadafi está sob crescente pressão para deixar o cargo. Obama também afirmou que não vê a necessidade de retomar a participação direta dos EUA na execução da zona de exclusão aérea sobre a Líbia. Segundo ele, os EUA estão auxiliando seus aliados europeus e o Catar com inteligência, abastecimento e transporte. Ele reconheceu que no momento existe um impasse militar, mas ressaltou que a operação da Otan não levou nem um mês.

Segundo o mandatário americano, Kadafi começa a ficar sem dinheiro e suprimentos. Ele acredita que Kadafi, no final, será obrigado a entregar o poder e que, por isso, não é necessária uma mudança na política americana no momento. Enquanto Obama se disse satisfeito com a participação americana na operação de ataque a Kadafi, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, afirmou esperar que os países da organização forneçam rapidamente mais caças e bombardeiros para as operações contra Kadafi. Um encontro informal da organização, que acabou hoje em Berlim, na Alemanha, terminou sem resultados concretos, apenas com boas intenções.

"O que nós precisamos é de um pequeno número de caças de combate com maior precisão. Sem dar mais detalhes, eu acredito que os países fornecerão esses caças", disse o almirante James Stavridis, dos EUA. Rasmussen afirmou que a necessidade de mais aviões ocorre no momento em que a situação em campo na Líbia mudou.

"No começo, atacamos edifícios militares e alvos fixos no solo e então, gradualmente, passamos a atacar tanques, veículos blindados e outros objetivos militares móveis", disse ele. "Nós também percebemos que Kadafi mudou sua tática e passou a usar veículos civis, escondeu tanques e veículos blindados nas cidades, usou escudos humanos, etc. Isso tudo torna necessário adaptarmos novamente nossas táticas", disse Rasmussen.

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, estava mais otimista no final do encontro em Berlim e acredita que os países da aliança atlântica estão se apoiando. "Eu acredito que o ponto mais importante é que nós na Otan conquistamos um sólido consenso sobre nossos objetivos e sobre o que faremos para alcançá-los".

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