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Diplomacia

Obama alerta para risco sírio pós-Assad

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou-se ontem "muito preo­cupado" com a possibilidade de a Síria se tornar um enclave para o extremismo "quando" – e não se – o presidente Bashar Assad for deposto.

A declaração foi feira durante entrevista coletiva conjunta concedida ao lado do rei Abdullah II, da Jordânia, depois de desembarcar em Amã.

Segundo Obama, a comunidade internacional deve trabalhar junta para assegurar que há uma oposição digna de confiança e pronta para assumir o comando da Síria.

"Algo se quebrou na Síria e não vai ser remontado perfeitamente imediatamente, mesmo depois da saída de Assad", disse Obama. "Mas nós podemos iniciar o processo de colocar isso numa direção melhor e ter uma oposição coesa é muito importante para isso."

Refugiados sírios

Obama disse também que seu governo trabalha para aprovar no Congresso uma ajuda adicional de US$ 200 milhões para os refugiados sírios que estão na Jordânia.

Os problemas da economia jordaniana se intensificaram com a chegada de mais de 450 mil pessoas que fugiram da guerra civil na Síria. Os Estados Unidos já são o maior doador único de ajuda humanitária para o povo sírio.

O presidente disse que os novos recursos, se aprovados, ajudarão a fornecer mais ajuda humanitária e serviços básicos para os refugiados.

Giro

A visita à Jordânia é a última escala de um giro de quatro dias do presidente norte-americano pelo Oriente Médio. Hoje, antes de retornar a Washington, Obama deve visitar o interior da Jordânia, inclusive a cidade histórica de Petra.

Obama desembarcou em Amã ontem, procedente de Israel. No encerramento de sua visita de três dias ao Estado judeu, Barack Obama homenageou os heróis do país e as vítimas do Holocausto, reafirmando solenemente o direito de existência do Estado judeu.

Obama foi criticado em Israel por seu discurso realizado em 2009 e no Cairo, no qual citou apenas o Holocausto como justificativa para a existência de Israel.

O presidente americano também visitou a Cisjordânia, onde defendeu um Estado palestino. Apesar do apoio à causa palestina, ele causou desconforto ao evitar uma condenação enérgica aos assentamentos de Israel em terras ocupadas. Houve protestos de palestinos.

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