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Uma pesquisa do Instituto Pew Research, publicada nesta quarta-feira (19) - e realizada antes mesmo da divulgação de um vídeo que abalou a campanha de Mitt Romney - mostra Obama em uma posição de destaque na campanha, com 51% das intenções de votos contra 43% de seu opositor republicano. Com oito pontos percentuais a frente de Romney, o presidente americano tem a maior vantagem se comparado aos últimos três presidentes eleitos, e só perderia em popularidade para Bill Clinton, que tinha vantagem ainda maior a poucos meses das eleições nas campanhas de 1992 e 1996.

"A liderança de Obama neste momento na corrida presidencial é mais forte do que a dos últimos três vencedores. Apenas Bill Clinton, nas campanhas de 1992 e 1996, tinha uma vantagem tão grande em meados de setembro", explica Andrew Kohut, presidente do Pew.

Segundo a sondagem, a maioria dos eleitores de Romney (52%) vota contra Obama e não por entusiasmo em seu candidato. Obama está consolidando sua vantagem entre mulheres, negros e jovens, e é visto por 66% como quem melhor entende os problemas da classe média. Também é visto como o melhor para lidar com quase todos os temas, à exceção do déficit econômico.

Para Kohut, no entanto, a grande vantagem de Obama em diversos quesitos se dá mais pelas dificuldades de Romney em se conectar com os eleitores do que por qualquer outra coisa em particular que Obama tenha feito durante a campanha.

"Seu senso de se conectar com as pessoas não é muito bom", afirmou o presidente do instituto, ressaltando os baixos números de Romney em credibilidade. "Nenhum candidato presidencial anterior foi visto de modo tão desfavorável neste momento em uma campanha presidencial de acordo com pesquisas do Pew ou do instituto Gallaup."

Na média nacional do RCP, a vantagem é de 2,9 pontos percentuais. Uma pesquisa do Quinnipiac, também divulgada nesta quarta-feira, mostra Obama abrindo vantagem de 6 pontos em Wisconsin (51 a 45), 4 em Virginia (50 a 46) e um ponto no Colorado (48 a 47).

Nesta quarta-feira, Romney tentou reverter a situação e desviar o foco da atenção dos americanos para as imagens filmadas num evento de arrecadação numa mansão na Flórida, em que diz aos seus ricos doadores que 47% dos americanos vão apoiar Obama em qualquer circunstância. Durante ato de campanha em Altanta, ele disse que tem mais condições de ajudar os pobres dos EUA do que o presidente Barack Obama.

"A questão nessa campanha não é quem se importa com os pobres e a classe média. Eu me importo, ele se importa", disse Romney num evento de arrecadação em Atlanta, com dedo em riste e voz inflamada. "A questão é quem pode ajudar os pobres e a classe média. Eu posso, ele não pode, e provou isso em quatro anos."

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