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O presidente dos EUA, Barack Obama, chegou nesta terça-feira à Indonésia, onde pretende promover as relações bilaterais de comércio e segurança e usar o país - a mais populosa nação islâmica - como ponte para todo o mundo muçulmano. Ele se encontrou com o presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono.

A Indonésia também tem importância pessoal para Obama, que lá viveu durante quatro anos na infância, com a mãe e o padrasto. Ele já havia adiado a visita em duas ocasiões neste ano - em março, para se dedicar à aprovação da reforma da saúde nos EUA, e em julho, por causa do vazamento de petróleo no golfo do México.

Assessores de Obama disseram que ele poderá ter de encurtar a visita, planejada para durar 20 horas, por causa das erupções do vulcão Monte Merapi - situado a 600 quilômetros de Jacarta -, que espalham uma nuvem de cinzas que prejudicou a aviação civil no fim de semana.

Do ponto de vista econômico, a Indonésia vem ganhando destaque. Membro do G20 e maior economia do Sudeste Asiático, o país se mostrou resistente à crise internacional e tem atraído investidores por causa do seu grande mercado interno, dos seus recursos abundantes e da sua estabilidade política.

"Vemos na Indonésia a intersecção de muitos interesses norte-americanos importantes, e vemos esta parceria como muito importante para o futuro dos interesses norte-americanos na Ásia e no mundo", disse Ben Rhodes, assessor-adjunto de segurança nacional do governo Obama para comunicações estratégicas.

Jacarta é a segunda escala numa viagem de dez dias de Obama pela Ásia. Ele antes passou três dias na Índia, e em seguida irá à Coreia do Sul, onde participará da cúpula do G20, e ao Japão, para uma reunião econômica da região Ásia-Pacífico.

Em Jacarta, Obama e Yudhoyono devem assinar um acordo de "Parceria Abrangente" definido há um ano, e depois participarão de um banquete no qual Obama poderá provar comidas que associa à infância, como arroz frito com almôndegas, um prato típico indonésio.

Fontes dizem que Obama pode anunciar também uma verba de centenas de milhões de dólares para a preservação florestal na Indonésia, como parte dos esforços contra a mudança climática global.

Na quarta-feira, o presidente visitará a mesquita Istiqlal, uma das maiores do mundo, e fará um discurso ao ar livre. Cerca de 15 mil policiais e soldados participam do esquema de segurança em Jacarta, onde houve atentados a hotéis no ano passado, embora mais recentemente as autoridades tenham conseguido progressos no combate à militância islâmica.

As longas guerras dos EUA em dois países islâmicos - Afeganistão e Iraque - fizeram com que Obama perdesse parte do apoio que obtivera entre os muçulmanos desde o seu importante discurso de junho de 2009 no Cairo. Na terça-feira um grupo pró-palestino fez um protesto contra a visita dele em frente à embaixada dos EUA em Jacarta.

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