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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está considerando o envio de grandes números de forças norte-americanas ao Afeganistão no próximo ano, mas menos soldados que o comandante dos EUA na guerra afegã, o general Stanley McChrystal, gostaria, disseram funcionários americanos.

Obama tende a tomar uma decisão apenas depois do segundo turno da eleição presidencial afegã, marcado para 7 de novembro, disse nesta quinta-feira no Paquistão a secretária americana de Estado, Hillary Clinton.

"Eu imaginaria que ele tomará uma decisão em algum tempo após a eleição afegã ser finalmente resolvida", disse Hillary aos jornalistas em Lahore.

Uma missão militar reduzida desse tipo iria escalar as forças americanas para cumprir os objetivos mais amplos do comandante, protegendo cidades afegãs e a infraestrutura. Mas a opção de reduzir o número de tropas de combate tende a cortar os objetivos de McChystal.

Sob a opção de enviar menos soldados, McChrystal receberia menos que os 40 mil militares que ele pediu para se somarem aos atuais 68 mil soldados norte-americanos que estão no Afeganistão, disseram funcionários à Associated Press na quarta-feira.

Funcionários graduados na Casa Branca ressaltaram, no entanto, que o presidente não fixou nenhum número novo de tropas e continua a debater outras abordagens estratégicas para a guerra afegã, que já dura oito anos. Eles também afirmam que Obama não se definiu pela opção de enviar menos soldados ou qualquer outra decisão final sobre como avaliar com cuidado o esforço de guerra

Dois funcionários, falando sob anonimato porque Obama não anunciou sua decisão, disseram que os números de tropas sob o cenário de envio de menos soldados serão provavelmente inferiores aos pedidos por McChrystal, pelo menos no início.

A versão reduzida do plano de McChystal, de enviar menos soldados que os pedidos, terá como objetivo tomar a iniciativa contra o Taleban na próxima primavera (boreal). Mas essa abordagem deverá refletir uma mudança no pensamento sobre quais partes da missão da guerra são mais importantes e o intenso debate interno, nos EUA, sobre a política para o Afeganistão.

Uma maioria dos americanos tanto se opõe à guerra quanto questiona se vale a pena que ela continue, de acordo com pesquisas feitas quando Obama começou a reconsiderar os objetivos americanos no Afeganistão, no começo deste ano.

Qualquer expansão da guerra desagradará alguns congressistas democratas. Se Obama não atender aos pedidos de McChrystal, os republicanos poderão acusar o presidente de não fornecer os recursos humanos e materiais que o general precisa para travar a guerra. Uma abordagem de enviar menos soldados sinalizaria cautela numa guerra que está indo pior em 2009 que no ano passado para os EUA, apesar dos efetivos americanos terem sido reforçados com 21 mil soldados adicionais. Na segunda-feira, 14 americanos foram mortos em dois choques de helicópteros, e na terça-feira um ataque a bomba matou outros oito soldados dos EUA Outubro deste ano foi o pior mês em número de baixas para os americanos desde que a guerra começou em outubro de 2001.

O secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, não se manifestou publicamente sobre o pedido de McChrystal, mas fez comentários sobre o processo. "Eu acho que a fase de análises está chegando ao final. Provavelmente, durante as próximas duas ou três semanas, nós iremos considerar uma série de opções específicas, as quais levaremos para o presidente decidir", afirmou Gates na Europa na semana passada.

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