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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tem conseguido clara vantagem na corrida pela Casa Branca, em um momento no qual concilia a campanha com a gestão da crise no Oriente Médio, que foi acirrada esta semana.

O líder desfruta de uma resistente margem desde a Convenção Nacional Democrática a até mais de uma semana, enquanto seu rival republicano Mitt Romney se esforça para que a brecha não se aprofunde.

As últimas pesquisas dão uma sólida vantagem a Obama à medida que as eleições presidenciais de 6 de novembro se aproximam, principalmente nos estados cruciais, que podem pender a balança a seu favor para conseguir um segundo mandato.

Especialistas, no entanto, dizem que o impulso do presidente pode ser interrompido se os protestos que proliferam dos países árabes continuarem gerando mortes de norte-americanos.

"A continuidade dos ataques anti-norte-americanos nos países árabes pode fazer com que a política externa ganhe peso na agenda destas eleições", disse Michele Dunne, diretor do Conselho Atlântico do Centro Rafik Hariri para Oriente Médio.

De acordo com os analistas, no entanto, Obama não cometeu erros de gestão desde a morte na terça-feira de quatro funcionários norte-americanos - incluindo o embaixador na Líbia, Chris Stevens - durante o ataque à missão diplomática em Benghazi em reação a um filme anti-islâmico, o que teria minado suas promessas eleitorais de garantir a segurança nacional frente às críticas de Romney.

O presidente gozava de uma vantagem de 10 pontos frente a seu rival em uma sondagem da CBS/The New York Times em termos de política externa antes de o estouro da crise no Oriente Médio.

Ao mesmo tempo, a equipe de campanha de Obama prefere defender a imagem do presidente na área da segurança nacional do que no campo econômico, que tem dominado as manchetes dos jornais nos últimos meses.

A oito semanas da votação e a três do primeiro debate presidencial, Obama conseguiu fazer uma efetiva campanha nos estados cruciais de Nevada, Colorado, Ohio, Flórida, Wisconsin e Virgínia, que se reflete nos resultados obtidos nas pesquisas.

A pesquisa de sábado da Gallup concedeu a Obama 49% das intenções de voto, frente a 45% de Romney, enquanto que a RealClearPolitics deu uma vantagem de três pontos percentuais ao democrata.

Em outra sondagem, do The Wall Street Journal/NBC/Marist College, Obama está à frente na Flórida, Ohio e Virgínia.

Caso se confirmem os dados das estatísticas no dia das presidenciais, Obama será reeleito com razoável vantagem. Contudo, apesar de o democrata também liderar as pesquisas sobre a gestão da economia, analistas consideram que dados catastróficos do emprego em outubro aumentariam a pressão sobre Obama.

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