• Carregando...
Águas do Rio Passaic provocaram grandes inundações em Paterson, no estado de New Jersey, um dos estados mais afetados pelo furacão Irene | Brendan McDermid/Reuters
Águas do Rio Passaic provocaram grandes inundações em Paterson, no estado de New Jersey, um dos estados mais afetados pelo furacão Irene| Foto: Brendan McDermid/Reuters

Inundação

Água recua, mas comunidades dos EUA continuam submersas

As inundações finalmente começaram a recuar nas áreas do nordeste dos EUA que foram devastadas pelo furacão Irene, mas muitas comunidades continuam submersas. Equipes de emergência precisam passar por estradas interrompidas e rios cheios para entregar mantimentos.

A tempestade causou até 380 milímetros de chuvas no sábado e domingo na Costa Leste dos EUA, fazendo os rios atingirem níveis recordes em dez estados, segundo o Departamento de Pesquisas Geológicas dos EUA.

Muitas áreas de Nova Jersey, do interior de Nova York e de Vermont tiveram as piores inundações em várias décadas. Cerca de 1,8 milhão de empresas e domicílios continuavam ontem sem energia – no auge, foram 6,7 milhões de usuários afetados. O prejuízo estimado chega a US$ 10 bilhões, mas o governo ainda não tem um levantamento completo dos danos. Muitos proprietários de imóveis agora precisam enfrentar seguradoras que excluem das suas apólices danos decorrentes de inundações.

A Agência Federal de Gerenciamento de Emergências suspendeu projetos de longo prazo para poder se concentrar no auxílio imediato aos estados afetados.

O presidente norte-americano, Barack Obama, declarou ontem situação de desastre maior nos estados de Carolina do Norte e No­­va York, devido aos danos causados pela passagem do furacão Ire­­ne no último fim de semana.

Com a decisão, fundos federais poderão ser liberados para apoiar medidas de recuperação nos locais mais atingidos pelas inundações decorrentes das chuvas.

Entre as ações de assistência, estão acomodação temporária e reparos de casas danificadas e empréstimos de baixo custo para pessoas sem seguro residencial.

A declaração, contudo, não in­­clui ainda Vermont, que sofreu com as maiores enchentes em ao menos quatro décadas e ficou classificado como situação de emergência. Pelo menos 11 cidades estavam isoladas ontem no estado.

O Irene atingiu a Costa Leste dos Estados Unidos no fim de se­­mana e se­­gue em direção ao norte, passando pelo Canadá. Na se­­mana anterior, o furacão já havia causado estragos também nas ilhas do Ca­­ribe, deixando ao me­­nos seis mor­­tos e uma estimativa de US$ 1,1 bi­­lhão em prejuízos. Ao menos 43 mortes pelo Irene já foram confirmadas nos Estados Unidos.

Na passagem pela costa americana, o furacão causou inundações em diversas cidades, destruindo pontes, casas e bloqueando estradas por causa de árvores caídas. Alguns municípios de Ver­­mont e Nova York continuam iso­­lados por conta disso.

Apesar disso, escolas e empresas tentam retomar suas atividades nas regiões que superaram par­­te dos danos, uma vez que há muitas instituições ainda sem ele­­tricidades, inundadas e com vias de acesso bloqueadas.

Obama verá pessoalmente os danos provocados pelo furacão em uma visita, no próximo do­­mingo, a Paterson, no estado de Nova Jersey, cenário de graves inundações no fim de semana passado, informou a Casa Branca.

"No domingo, 4 de setembro, o presidente viajará a Paterson, Nova Jersey, para observar os danos causados pelo furacão Ire­­ne", anunciou a Presidência.

Tempestade Kátia

A tempestade tropical Katia, que se formou no Atlântico, deve se transformar em um furacão nesta quinta-feira. Outras tempestades no oeste do Caribe também estão se dirigindo para a pe­­nínsula de Yucatán, no México, informaram ontem meteorologistas. Katia apre­­sentava ontem ventos de 100 quilômetros por ho­­ra e deve se tornar o segundo furacão da temporada do Atlântico, que vai de ju­­nho a novembro, caso os ventos che­­guem a 119 quilômetros por hora.

"O aumento está previsto dentro de um ou dois dias", informou o Centro Nacional de Furacões norte-americano, em Miami.

Está previsto que a tempestade Kátia vai se tornar um grande furacão com ventos de mais de 178 quilômetros por hora no domingo, mas ainda é muito cedo para dizer se representará alguma ameaça em terra.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]