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Barack Obama, o presidente chinês Xi Jinping, a primeira-dama Peng Liyuan e o líder russo Vladimir Putin, em Pequim | Sergei Ilnitsky/Efe
Barack Obama, o presidente chinês Xi Jinping, a primeira-dama Peng Liyuan e o líder russo Vladimir Putin, em Pequim| Foto: Sergei Ilnitsky/Efe

Dois

Presidente americano encontra, brevemente, líder russo em Pequim

Efe

Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Vladimir Putin, mantiveram ontem um breve encontro às margens do Encontro para Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, que ocorre em Pequim.

Obama e Putin conversaram enquanto esperavam para realizar a tradicional foto de grupo da cúpula. Nem os Estados Unidos nem a Rússia revelaram o teor do diálogo entre os governantes. A conversa, a princípio, não foi considerada um diálogo formal entre ambos.

Um eventual encontro entre os dois líderes é um dos fatos mais esperados da cúpula, que termina hoje, após Washington ameaçar impor novas sanções contra Moscou pelo fato da Rússia ter reconhecido as eleições ocorridas há oito dias nas zonas controladas pelos rebeldes nas regiões ucranianas de Donetsk e Lugansk. Hoje, já existem várias sanções em vigor por causa de atitudes de Putin na crise ucraniana.

A conversa breve entre Obama e Putin é o primeiro contato entre os dois desde que os presidentes falaram sobre a crise ucraniana durante as comemorações na França do 70.º aniversário do desembarque de Normandia, em junho.

De acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, um encontro — aí, sim, formal — dos dois presidentes pode ocorrer ainda na capital chinesa ou talvez na Austrália, numa referência à cúpula do G20 em Brisbane, no próximo fim de semana.

O presidente Barack Obama foi evasivo ontem ao se posicionar sobre os protestos pró-democracia realizados em Hong Kong há mais de um mês. Em uma declaração de apoio genérica à liberdade de direitos humanos, Obama ressaltou também a relação boa entre a China e os EUA.

O mandatário americano está em Pequim por três dias para participar do Encontro para Cooperação Econômica Ásia-Pacífico.

Em tom diplomático, Obama fez comentários sobre a preocupação que tem com os problemas envolvendo direitos humanos no país sem grande ênfase, numa tentativa de não ofender publicamente o governo chinês.

Obama disse apenas que "a situação entre China e Hong Kong é historicamente complicada e está em um processo de transição". O líder norte-americano acrescentou ainda que a mensagem principal de Washington é a de que ambos os lados devem evitar a violência enquanto trabalham nessa "nova fase" do relacionamento bilateral.

"Não iremos deixar de falar em nossa defesa sobre as coisas que nos importam, reconhecendo também que temos um interesse significativo em fazer negócios com a China", disse Obama. "E reconhecendo que a China não está no mesmo lugar que nós hoje em termos de desenvolvimento político e econômico".

Os protestos estudantis ocupam ruas do centro financeiro de Hong Kong desde o fim de setembro e exigem que Pequim retire a determinação de criar um conselho para analisar os candidatos ao governo da província nas eleições de 2017.

Vistos

Na esperança de melhorar as relações com a China, o presidente Barack Obama anunciou ontem que os dois países firmaram um acordo para prolongar a validade dos vistos emitidos para um período de até dez anos. Esse foi o primeiro de alguns novos acordos que EUA e a China devem oficializar durante cúpula em Pequim.

Dilma

A reunião do G-20 na Austrália, no próximo fim de semana, trará um componente extra para o governo brasileiro. Está confirmada a realização de agenda bilateral da presidente Dilma Rousseff com Obama. Essa será a primeira reunião formal entre os dois desde o episódio envolvendo a espionagem americana no Brasil.

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