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O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um resumo de seus futuros primeiros passos logo que assumir o comando do país, em entrevista concedida ao programa "60 minutes", da rede de TV CBS. Ele participou do programa ao lado da mulher, Michelle.

Dentre os principais temas abordados, o democrata disse que reanimar a economia norte-americana é mais importante que eliminar o déficit federal, e que é prioridade organizar sua equipe de segurança nacional para evitar um ataque terrorista e derrotar a rede al-Qaeda.

Um dos assuntos discutidos ao longo do programa foi a crise do sistema financeiro americano, estopim da turbulência global. O futuro presidente afirmou que a meta é recolocar o país nos trilhos. "Faremos tudo o que for necessário para conseguir que esta economia volte a avançar", disse.

Um de seus primeiros objetivos quando chegar à Casa Branca, em janeiro, será desenhar um plano para ajudar as famílias que estão correndo o risco de perder suas casas por inadimplência. "Precisamos estabelecer uma negociação entre bancos e proprietários, para que as pessoas possam ficar em suas casas", disse.

Indústria automoblilística

Obama afirmou também que seria um desastre permitir o colapso da indústria automobilística. Ele insistiu que é necessário dar ajuda ao setor, "mas não um cheque em branco".

O próximo líder americano afirmou que o país atravessa a pior crise desde os anos 30. Porém, ele disse que "as coisas não vão piorar".

O democrata, que não participou da reunião do G20, no final de semana, defendeu a necessidade de se criar um mecanismo que possa controlar os excessos dos mercados financeiros. Mas ele disse que pretende manter um equilíbrio entre regulação e o espírito empresarial que caracteriza os EUA. "Nosso princípio básico de que este é um sistema de livre mercado, que funcionou para nós, que acredita em inovações e que permite que se assumam riscos. Creio que é um princípio que devemos manter."

Guantánamo

O presidente eleito dos EUA disse também que pretende fechar a prisão de Guantánamo, em Cuba, para recuperar "a estatura moral dos EUA no mundo". "Eu afirmei várias vezes que tinha a intenção de desativar Guantánamo, e continuarei assim. E é isso que farei."

Medo de ataque terrorista

Obama afirmou que selecionar sua equipe de segurança nacional também é uma de suas prioridades. "Os períodos de transição são potencialmente vulneráveis a um ataque terrorista. Queremos nos assegurar que a transição será a mais perfeita possível."

O democrata disse que os desafios que afrontam o país são enormes e múltiplos. Ele admitiu que já esteve bem mais preocupado. "Às vezes, durante o dia, penso: ‘por onde começo’", disse. "Acho que parte dos próximos dois meses consiste em estabelecer uma série de prioridades e entender que não vamos ser capazes de fazer tudo de uma vez. É preciso enviamos ao povo norte-americano um sinal claro de que vamos pensar nele, e vamos avançar", acrescentou.

Retirada no Iraque e al-Qaeda

Obama afirmou que cumprirá sua promessa de campanha de dar início à retirada das tropas americanas do Iraque, para se concentrar militarmente no Afeganistão. Ele disse que assim que assumir o cargo, convocará chefes de gabinete adjuntos, aparato de segurança nacional, e começará a executar o plano para reduzir as tropas no Iraque.

Obama declarou que, a partir do momento em que assumir a Casa Branca, no dia 20 de janeiro, também "será prioridade derrotar a al-Qaeda de uma vez por todas", e que capturar ou matar o líder da rede, Osama bin Laden, é "fundamental" para a segurança americana.

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