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Obama parte de Tóquio para Cingapura, onde participa de reunião hoje com os dez países da Associação de Nações do Sudeste Asiático | Yuriko Nakao/Reuters
Obama parte de Tóquio para Cingapura, onde participa de reunião hoje com os dez países da Associação de Nações do Sudeste Asiático| Foto: Yuriko Nakao/Reuters

São Paulo - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou ontem em Tóquio que buscará uma "cooperação pragmática" com a China, a grande potência em ascensão na Ásia.

Em discurso sobre o papel dos EUA na Ásia, Obama disse dar as boas-vindas "aos esforços chineses para desempenhar um maior papel no cenário mundial" e destacou que "a ascensão de uma China forte e próspera pode ser uma fonte de força" para a comunidade internacional. Os EUA "não procuram conter a China", ressaltou o presidente americano, que indicou que "um aprofundamento de nossos laços" com esse país não quer dizer que se debilitarão os laços bilaterais com outras nações.

Sobre a questão dos direitos humanos, Obama disse que os EUA jamais calarão sua voz na defesa dos "valores fundamentais, que incluem o respeito à religião e à cultura de todos os povos, mas realizaremos essas discussões no espírito de amizade e sem rancor".

Obama realiza uma viagem pela Ásia para reforçar o papel dos EUA na região, frente a uma China cada vez mais forte e cuja influência se deixa sentir cada vez mais no continente.

Coreia do Norte

Em seu discurso, feito no Suntory Hall de Tóquio, Obama citou os principais desafios que a região enfrenta. Ele fez menção especial à Coreia do Norte e seu programa nuclear, e destacou que os EUA "não se acovardarão perante as ameaças" repetidas por Pyongyang, à qual instou a retornar à mesa de negociações multilateral para que esse regime renuncie a suas ambições atômicas. Se a Coreia do Norte opta por cumprir seus compromissos internacionais, disse Obama, os EUA "abrirão um diálogo" para que o país possa reintegrar-se na comunidade global.

O discurso de Obama ocorre no momento em que Washington indicou que seu enviado especial para a península coreana, Steve Bosworth, irá à Coreia do Norte antes do fim deste ano para manter conversas bilaterais.

Outra ditadura asiática, Mianmar, foi citada no discurso do presidente americano. Obama, que participará hoje de uma reunião em Cingapura com os dez países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), incluindo Mianmar, lembrou que os EUA iniciaram uma nova estratégia em relação a Yangun, que agora combinará sanções com o desenvolvimento de um diálogo.

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