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O presidente da Câmara, John Boehner, e o presidente dos EUA Barack Obama em discurso durante um almoço com as principais lideranças do Congresso | EFE/EPA/Dennis Brack
O presidente da Câmara, John Boehner, e o presidente dos EUA Barack Obama em discurso durante um almoço com as principais lideranças do Congresso| Foto: EFE/EPA/Dennis Brack

O governo americano vai dobrar o número de militares no Iraque para treinar as forças armadas locais contra a milícia Estado Islâmico.

Os novos 1.500 soldados não atuarão "em combate", como sublinhou o Pentágono em anúncio feito nesta sexta (7). O incremento teria sido solicitado pelo governo iraquiano.

As tropas americanas tinham sido retiradas em 2011 do Iraque, mas retornaram neste ano com os avanços da milícia vinda da Síria.

O governo disse que não há um limite de quantas tropas podem ser enviadas.

O anúncio foi feito no mesmo horário em que o presidente Barack Obama recebia na Casa Branca para almoço as principais lideranças do Congresso. Foi a primeira reunião entre o presidente e a oposição, depois da brutal derrota nas eleições legislativas na última terça (4), quando a oposição republicana ampliou sua margem na Câmara e conquistou maioria no Senado.

Dos relatos que circularam na mídia americana sobre o almoço, o presidente conversou sobre o Estado Islâmico e sobre uma permissão do Congresso para mais operações militares no Oriente Médio. Obama também falou sobre temas "de comum interesse" com os republicanos: uma verba de US$ 6 bilhões para financiar o combater ao ebola nos EUA e na África Ocidental, e a possibilidade de o Congresso conceder autorização "veloz" para o governo negociar tratados de livre comércio e uma possível reforma tributária.

O tema que dominou por meia hora o almoço e foi considerado o mais divisivo foi o da reforma imigratória.

Obama continua a dizer que assinará um decreto presidencial cuidando da situação de milhões de imigrantes sem papéis que, atualmente, podem ser deportados facilmente.

Ele argumentou que há um projeto parado na Câmara há mais de um ano e meio, feito por uma comissão formada por parlamentares dos dois partidos, e que os republicanos se negaram a votar.

O jornal "The New York Times" pediu ontem, em editorial, que Obama "não espere pelo Congresso" e que encare a reforma imigratória como "prioridade".

"Os americanos estão frustrados com a paralisia de Washington, eles querem ver mais cooperação", disse Obama aos jornalistas.

"Não vou julgar ideias com base em se são republicanas ou democratas, vou julgá-las se são boas ou não", disse.

Mas o assunto encurtou as breves mensagens coreografadas de "se buscar consenso" e de "trabalhar com o outro lado", proclamadas por Obama e pelos republicanos no dia seguinte da eleição.

Na quinta (6), o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, fez ameaças veladas ao presidente, caso Obama confirme que promoverá uma reforma imigratória sem aprovação do Congresso. "Quem brinca com fósforos acaba se queimando", declarou Boehner.

Um dia antes, o provável líder do Senado a partir do ano que vem, o republicano Mitch McConnell, do Kentucky, disse que se Obama assinasse um decreto sobre imigração estaria "envenenando" a relação e esfregando uma bandeira vermelha "na frente do touro".

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