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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se reuniram na terça-feira para tentar aliviar a tensão nas relações bilaterais, mas com pouca expectativa de qualquer avanço quanto à retomada do processo de paz no Oriente Médio.

O encontro, excepcionalmente discreto em se tratando da visita de um governante israelense, ocorreu um dia depois de Netanyahu fazer declarações desafiadoras diante das novas críticas dos EUA à construção de 1.600 novas casas para colonos judeus perto de Jerusalém.

O projeto mergulhou as relações EUA-Israel em seu pior momento desde o início do governo Obama, há 14 meses, mas funcionários de ambos os países têm se empenhado em sanar o conflito entre os dois aliados.

Mas, num sinal de que as tensões permanecem, a Casa Branca proibiu a imprensa de cobrir o encontro no Salão Oval, e Obama e Netanyahu não devem falar em público conjuntamente.

Antes de ir à Casa Branca, Netanyahu disse a parlamentares que a retomada do processo de paz, abandonado desde dezembro de 2008, pode levar mais um ano, caso os palestinos mantenham sua exigência de congelamento total da expansão dos assentamentos em territórios ocupados.

"Não podemos ficar presos por uma exigência ilógica e não-razoável", disse Netanyahu durante reunião com a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e com outros líderes parlamentares, segundo um porta-voz dele. "Isso poderia manter as negociações de paz suspensas por mais um ano", acrescentou.

Autoridades palestinas disseram que Israel é que está mantendo o processo de paz no limbo. "A política de Netanyahu é que está obstruindo a volta às negociações", disse Nabil Abu Rdainah, assessor da presidência palestina, à Reuters em Ramallah, na Cisjordânia.

Os palestinos chegaram recentemente a aceitar negociações prévias indiretas, sob mediação dos EUA, mas recuaram ao saber do projeto nos arredores de Jerusalém.

Apesar das promessas de Netanyahu - ainda não detalhadas publicamente - de adotar medidas que promovam a confiança mútua entre israelenses e palestinos, a Casa Branca tentou manter o encontro dele com Obama fora dos holofotes.

O evento aconteceu no começo da noite, depois de Obama sancionar o histórico projeto de reforma da saúde.

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