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Buscando ganhar vantagem, com pesquisas de opinião mostrando empate, Obama e Romney entraram em confronto desde o início do debate | AFP
Buscando ganhar vantagem, com pesquisas de opinião mostrando empate, Obama e Romney entraram em confronto desde o início do debate| Foto: AFP

O presidente norte-americano, Barack Obama, acusou na noite de segunda-feira (22) o seu rival republicano Mitt Romney de enviar mensagens mistas sobre suas propostas de política externa para o Oriente Médio e a Rússia no terceiro e último debate entre os candidatos à Casa Branca. Buscando ganhar vantagem, com pesquisas de opinião mostrando empate, Obama e Romney entraram em confronto desde o início do debate. Obama disse que o candidato republicano, ao declarar a Rússia como "um inimigo geopolítico", queria levar os Estados Unidos de volta a uma postura de Guerra Fria há muito tempo abandonada. "A Guerra Fria já terminou há 20 anos", disse Obama, virando-se para Romney na mesa em frente ao moderador Bob Schieffer. "Quando se trata de sua política externa, parece que você quer importar as políticas externas dos anos 1980." Romney, evitando cometer algum erro que prejudique sua recente ascensão nas pesquisas, disse que as políticas de Obama para o Oriente Médio e o Norte da África não estavam impedindo o ressurgimento da ameaça da Al Qaeda na região. "Me atacar não é uma agenda", disse Romney. "Me atacar não é a maneira de lidar com os desafios do Oriente Médio." Ele observou que também havia considerado o impasse nuclear do Irã como a maior ameaça à segurança nacional para os Estados Unidos. Em relação à Rússia, Romney criticou Obama por um comentário feito por ele em um microfone aberto para o então presidente russo, Dmitry Medvedev, de que ele teria mais "flexibilidade" após a eleição de 6 novembro. Em vez de mostrar mais flexibilidade ao presidente russo, Vladimir Putin, disse Romney, "Vou dar a ele mais firmeza." O debate era a última oportunidade importante para os dois candidatos apelarem diretamente a milhões de eleitores --especialmente aos cerca de 20 por cento de indecisos ou àqueles que ainda podem mudar o seu apoio para a eleição de 6 de novembro.

Os dois candidatos concordaram que os Estados Unidos devem defender Israel se o Irã atacar seu aliado-chave no Oriente Médio, mas Romney disse que vai reforçar as sanções que já estão afetando a economia iraniana. O republicano, cujo tema central durante toda a campanha tem sido uma promessa de reconstruir a fraca economia do país, voltou repetidamente a discussão para assuntos econômicos, dizendo que a segurança nacional dependia de uma economia forte. Mas Obama disparou de volta afirmando que o plano econômico de Romney era baseado em cortes de impostos que não tiveram o efeito desejado no passado. Romney não seria capaz de equilibrar o orçamento e aumentar a despesa militar com tal plano, disse ele. "A matemática simplesmente não faz sentido", disse ele. "Firmeza" com Rússia Em relação à Rússia, Romney criticou Obama por um comentário feito por ele em um microfone aberto para o então presidente russo, Dmitry Medvedev, de que ele teria mais "flexibilidade" após a eleição de 6 novembro. Em vez de mostrar mais flexibilidade ao atual presidente russo, Vladimir Putin, disse Romney, "vou dar a ele mais firmeza." Os dois candidatos estão empatados em 46 por cento cada um na mais recente pesquisa online diária Reuters/Ipsos. Outras pesquisas mostram um quadro semelhante. Obama foi a Boca Raton, na Flórida, com a vantagem de ter liderado a segurança nacional e as Relações Exteriores durante os últimos três anos e meio. Ele recebe o crédito pelo fim da guerra no Iraque e pela morte do líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, em 2011. Mas Romney teve muitas oportunidades de desviar a conversa para a questão da economia fragilizada, um tema sobre o qual os eleitores consideram que ele tem mais credibilidade.

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