• Carregando...
Barack Obama e Felipe Calderón encontram-se no palácio presidencial Los Pinos, no México | Eliana Aponte / Reuters
Barack Obama e Felipe Calderón encontram-se no palácio presidencial Los Pinos, no México| Foto: Eliana Aponte / Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou nesta quinta-feira (16) à Cidade do México para mostrar sua solidariedade frente a um problema de segurança que cresce às portas dos EUA e tentar deixar claro que seu governo está comprometido em deter o fluxo ilegal de armas e tóxicos. Na coletiva de imprensa após o encontro com Calderón, Obama admitiu que a demanda dos norte-americanos por drogas ajuda os cartéis mexicanos a se manterem em atividade e afirmou que os EUA precisam fazer a sua parte na luta contra os narcóticos. Obama também disse que a luta contra o tráfico de armas precisa se basear em leis já existentes, embora tenha pressionado o Senado americano a ratificar um tratado contra o tráfico de armas, que segundo ele reduzirá o fluxo de armamentos aos cartéis mexicanos.

Obama chegou à capital mexicana algumas horas após declarar à emissora norte-americana CNN que o presidente do México, Felipe Calderón, realiza "um trabalho heroico e notável ao enfrentar o que é um grande problema ao largo das duas fronteiras, lutando contra os cartéis da droga".

Obama, em sua primeira visita a um país latino-americano, foi recebido pelo presidente mexicano na residência presidencial de Los Pinos e imediatamente os dois iniciaram uma reunião privada.

Calderón lembrou pouco antes da reunião a visita de outro presidente norte-americano ao México, John F. Kennedy, que esteve no país há quase cinquenta anos. Segundo Calderón, a visita de Obama significa uma nova era de cooperação entre os dois países.

A viagem de Obama ao México se concluirá na sexta-feira, quando ele partirá para Trinidad e Tobago, onde participará da Cúpula das Américas. Entre os temas na agenda bilateral, além da luta contra o tráfico, estão a suspensão unilateral de um projeto de transportes na fronteira, que permitiria aos caminhoneiros mexicanos o livre trânsito nos EUA. O México retaliou e impôs tarifas sobre 89 produtos norte-americanos.

Violência

A violência atribuída ao crime organizado no México já deixou mais de 10.000 mortos desde que Calderón assumiu a presidência em dezembro de 2006. O ano de 2008 foi o pior, com 6 290 assassinatos, embora o governo tenha registrado, no primeiro trimestre de 2009, uma redução de 29% nos crimes, em comparação a igual período do ano anterior.

Dezesseis pessoas foram mortas em um tiroteio no Estado de Guerrero, sudoeste do México, na véspera da chegada de Obama à capital mexicana. A informação partiu de um funcionário do governo do México. O tiroteio aconteceu na noite de quarta-feira

Quinze marginais e um soldado foram mortos no choque, disse o procurador de Estado Eduardo Murueta à AFP.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]