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Obama disse que seu país precisa aumentar a oferta de energia nuclear para atender às suas necessidades energéticas e combater a mudança climática | Reuters
Obama disse que seu país precisa aumentar a oferta de energia nuclear para atender às suas necessidades energéticas e combater a mudança climática| Foto: Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu na quinta-feira que não vai descansar até que as empresas do país voltem a contratar empregados, o que reflete as novas prioridades esboçadas na véspera em seu discurso do Estado da União, em meio à pior crise política em um ano de mandato.

Tentando recuperar a confiança popular, Obama saiu em viagem pelo país promovendo a nova mensagem econômica. A primeira etapa foi a Flórida, onde divulgou a liberação de 8 bilhões de dólares para projetos ferroviários de alta velocidade, que segundo a Casa Branca irão criar empregos e transformar o setor.

Diante de uma plateia amistosa, Obama disse compreender o sofrimento econômico da população, especialmente por causa do desemprego, na casa dos 10 por cento. Reforçando o que dissera no discurso em horário nobre no Congresso, ele prometeu fazer da criação de empregos a sua maior prioridade.

"Não vamos descansar até que tenhamos reconstruído uma economia em que o trabalho duro e a responsabilidade sejam recompensados e as empresas voltem a contratar e os salários voltem a crescer e a classe média possa se manter sobre as próprias pernas outra vez", disse Obama na Universidade de Tampa.

Também ecoando essa preocupação, o líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, afirmou a jornalistas em Washington que irá apresentar na semana que vem um pacote para a criação de empregos.

Embora uma sutil recuperação econômica esteja em curso, o desemprego nos EUA continua em 10 por cento, e esse problema pode afetar o desempenho do Partido Democrata na eleição parlamentar de novembro.

Os republicanos, que acusam o governo de ter agravado desnecessariamente o déficit público com um pacote de estímulo fiscal de 787 bilhões de dólares no ano passado, disse que as novas medidas cogitadas pelo partido governista para a criação de empregos também vão fracassar.

"O estímulo simplesmente não está funcionando, mas em vez de admitir isso o presidente e os democratas estão pedindo mais gastos do governo -- gastando ainda mais dólares dos contribuintes", disse o líder dos republicanos na Câmara dos Deputados, John Boehner.

A Casa Branca diz que o plano ferroviário apresentado na Flórida irá salvar ou criar milhares de postos de trabalho, e será a primeira de uma série de iniciativas para a criação de empregos a serem divulgadas nas próximas semanas.

No discurso de quarta-feira, Obama também prometeu que não abandonará a ideia de reformar o sistema de saúde, o que foi sua prioridade no primeiro ano de mandato.

O presidente assumiu o governo sob fortes expectativas e com ampla aprovação popular, mas se desgastou por causa da recessão e das guerras no Iraque e Afeganistão. A derrota dos democratas numa eleição suplementar para o Senado em Massachusetts na semana passada, com a consequente perda da maioria qualificada de 60 senadores, ameaça seriamente a agenda legislativa da Casa Branca.

Audiência

Cerca de 48 milhões de norte-americanos ligaram a televisão para assistir ao discurso sobre o Estado da União do presidente Barack Obama na quarta-feira, cerca de 4 milhões a menos do que no seu primeiro discurso ao Congresso no ano passado, mostraram números da audiência nesta quinta-feira.

O discurso em horário nobre foi transmitido pelas quatro principais emissoras de televisão dos EUA, além de outros canais de notícias a cabo, como o BET (Black Entertainment Television), a emissora de negócios CNBC e as de língua espanhola Univisión e Telemundo.

Em comparação, o primeiro discurso de Obama a uma sessão conjunta do Congresso em fevereiro de 2009, que não foi considerado oficialmente um discurso de Estado da União, foi visto por 52,3 milhões de espectadores, segundo os índices da Nielsen.

Mas seu último discurso atraiu a maior audiência do tipo desde que 62 milhões de norte-americanos viram o então presidente George W. Bush fazer o seu discurso em 2003, poucos meses depois da invasão do Iraque.

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