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O presidente Barack Obama (centro) e o premiê britânico, David Cameron (esquerda), servem churrasco durante almoço em Londres | Jewel Samad/AFP
O presidente Barack Obama (centro) e o premiê britânico, David Cameron (esquerda), servem churrasco durante almoço em Londres| Foto: Jewel Samad/AFP

Previsão

"Solução para a crise no mundo árabe levará anos"

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse, em discurso no Parlamento britânico, que as revoltas no Oriente Médio e no norte da África levarão anos para chegarem ao fim e triunfar. O chefe da Casa Branca previu dias difíceis pela frente.

" O movimentos por mudança têm apenas seis meses. A História nos mostra que a democracia não é fácil (de ser alcançada). Serão anos até que as revoluções sejam concluídas. O que estamos vendo em Teerã, Túnis e Praça Tahrir é o desejo por liberdade que já temos como garantido", afirmou.

Obama destacou que "os EUA e os seus aliados detiveram um massacre na Líbia", mas ressaltou: "Não podemos deter toda injustiça na região".

Sobre o conflito do Oriente Médio, Obama foi lacônico, voltando a defender um Israel seguro e um Estado palestino.

Afeganistão

"Estamos nos preparando para uma virada no Afeganistão, em uma transição para a liderança afegã. Durante esta transição, vamos perseguir uma paz duradoura com aqueles que deixem a al-Qaeda e respeitem a Constituição do Afeganistão. E vamos garantir que o Afeganistão jamais seja um porto seguro para o terror", declarou o presidente norte-americano.

Obama destacou a parceira entre Londres e Washington. "Nossa aliança continuará indispensável para atingir o objetivo de um século mais pacífico, mais próspero e mais justo", declarou.

O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou ontem que está errado quem acredita que o crescimento de países como China, Índia e Brasil significa o declínio da influência dos EUA e da Eu­­ro­­pa no mundo.

"O tempo para a nossa liderança é agora’’, disse, em discurso em Londres para representantes do Parlamento.

Na frase completa, Obama fala da importância dos emergen­­tes para a economia dos ricos, mas tenta colocar cada um em seu lugar.

"A ordem internacional já foi remodelada para o novo século. Países como China, Índia e Brasil estão crescendo rapidamente. Devemos saudar esse desenvolvimento, porque ele tirou centenas de milhões de pessoas da pobreza e criou novos mercados e oportunidades para nossos próprios países.’’

"Mas, com as mudanças, tornou-se moda questionar se o crescimento desses países vai ser acompanhado pelo declínio da influência americana e europeia no mundo. Dizem que es­­sas nações representam o fu­­turo e que o tempo de nossa liderança já passou. Esse raciocínio está errado. O tempo para a nossa liderança é agora’’, disse o americano.

Obama esteve em Londres pa­­ra uma visita de dois dias. Hoje ele vai para a França, onde se reúne com os outros membros do G8, grupo dos países mais ricos no mundo, fora a China.

Ele aproveita a viagem para reafirmar os laços com a Europa e também para lembrar os europeus que eles são essenciais na garantia da segurança do mundo.

Faz essa defesa no momento em que a Europa corta gastos para recuperar sua economia, o que afeta os orçamentos militares e o di­nheiro repas­sado para a Otan (aliança militar do Ocide­nte).

No discurso, Obama lembrou da tomada da Normandia, em junho de 1944, que foi fundamental para a vitória dos aliados na Segunda Guerra, e também da atual ação na Líbia, que, segundo ele, evitou um massacre.

E voltou a falar dos emergentes: "Foram os Estados Unidos, o Reino Unido e governos democráticos aliados que moldaram um mundo em que novos países puderam emergir, e as pessoas, prosperar’’, afirmou.

"Mesmo que mais países assumam responsabilidades na liderança global, nossa aliança continuará indispensável para a meta de um século mais pacífico, mais próspero e mais justo. Num tempo em que as ameaças e os desafios requerem o trabalho conjunto dos países, continuamos a ser o grande catalisador para uma ação global’’, afirmou.

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