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Obama em encontro com o premier iraquiano Nuri al-Malike (de costas) | Jim Young / Reuters
Obama em encontro com o premier iraquiano Nuri al-Malike (de costas)| Foto: Jim Young / Reuters

Bagdá - O presidente dos EUA, Barack Obama, fez ontem uma visita-surpresa ao Iraque, onde pediu aos iraquianos que assumam a "responsabilidade pelo seu país’’, e cobrou o fim das disputas sectárias.

Foi a primeira ida de Obama ao Iraque desde sua eleição, em novembro, com a promessa de pôr fim à presença militar norte-americana no país invadido pelos EUA e seus aliados em 2003.

O presidente desembarcou com uma mensagem clara às centenas de soldados norte-americanos que o receberam em Bagdá num clima de festa e euforia.

"Vocês deram ao Iraque a oportunidade de se manter sozinho como país democrático, e isso é uma conquista extraordinária. É hora de fazermos a transição para os iraquianos e, para isso, eles precisam fazer ajustes políticos’’, afirmou, ao lado do general Raymond Odierno, comandante das tropas no Iraque.

Obama pediu aos iraquianos que "superem suas divergências por meios constitucionais e legais’’. Ele se referia às disputas etnico-confessionais iniciadas após a derrubada do regime de Saddam Hussein. Ao afastar a elite sunita minoritária ligada ao ditador e permitir a ascensão de xiitas e curdos, a invasão levou a um cenário de guerra civil.

Apesar da diminuição da violência nos últimos meses, a situação no país ainda é delicada – atentados deixaram ao menos 45 mortos desde segunda.

A promessa de Obama é tirar do Iraque pelo menos 90 mil dos 142 mil soldados atualmente no Iraque antes de agosto de 2010 e aumentar a presença norte-americana no Afeganistão.

Ainda ficarão até o fim de 2011 – prazo final estabelecido em acordo com o Iraque ainda sob Bush – entre 35 mil e 50 mil militares dos EUA para formar forças iraquianas.

Em conversa ontem com o premiê Nuri al Maliki, Obama prometeu cumprir o prazo e disse que os EUA não querem nem o território nem os recursos iraquianos.

Recado a Israel

Antes de seguir para Bagdá, Obama encerrou visita à Turquia conversando com universitários em Istambul. Na conversa, ele instou palestinos e israelenses a buscarem um acordo de paz que será, segundo ele, "baseado em dois Estados lado a lado’’.

"É preciso vontade política e coragem por parte dos líderes’’, disse Obama, num recado ao novo governo de Israel, que rejeita a solução de dois Estados.

O chanceler israelense, Avigdor Liberman, respondeu que os atuais esforços alcançaram um "beco sem saída’’ e que Israel apresentará "novas ideias’’.

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