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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, indicou hoje Elena Kagan, de 50 anos, para o posto de juíza da Suprema Corte do país. Caso seja aprovada pelo Senado, ela substituirá o magistrado John Paul Stevens, de 90 anos, que anunciou em abril sua decisão de se aposentar.

Ao indicar Elena, Obama disse querer alguém capaz de conciliar pessoas com visões diferentes. O presidente elogiou o desempenho dela em várias funções antes assumidas, em cargos legais, acadêmicos e políticos. Porém, ela nunca foi juíza.

Ex-professora de Direito em Harvard, Elena se tornou a primeira mulher a atuar como advogada do governo na Suprema Corte, em março de 2009. Ela pode enfrentar dificuldades no Senado, pois os republicanos já declararam que não desejam confirmar um juiz ativista.

Os críticos de Elena devem questionar a decisão dela, quando era reitora da Faculdade de Direito de Harvard, de assinar um documento afirmando que as escolas de Direito não precisavam permitir que os militares dos EUA recrutassem em seus campi. Segundo ela, isso não era obrigatório por causa da regra militar pela qual os gays assumidos não conseguem ingressar na força militar. Elena e outros acadêmicos disseram que essa lei violava políticas para impedir discriminação. Mais tarde, a Suprema Corte decidiu contra eles.

A indicada conheceu o presidente quando era professora da Universidade de Chicago, na época em que Obama trabalhou como professor-adjunto. Atualmente, a função de Elena é defender o governo na Suprema Corte, em função similar ao posto brasileiro de advogado-geral da União.

A falta de experiência em cortes foi minimizada pelo papel de Elena nos últimos meses defendendo o governo. Caso confirmada, Elena será a quarta mulher a ocupar o posto na mais importante corte dos EUA, após Sandra Day O'Connor, Ruth Bader Ginsburg e Sonia Sotomayor. A primeira indicação de Obama para o cargo na Suprema Corte foi Sotomayor, confirmada no ano passado pelo Senado.

Elena trabalhou como assessora para política doméstica durante o governo do democrata Bill Clinton, entre 1995 e 1999. Durante esse período, estabeleceu contatos com muitos advogados que hoje ocupam diversos cargos na administração Obama. As informações são da Dow Jones.

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