O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, começou nesta segunda-feira (17) uma viagem pelas regiões do país nas quais as eleições do ano que vem prometem ser as mais disputadas, e aproveitará para tentar convencer os congressistas americanos a aprovarem seu plano de criação de emprego.
O primeiro destino da viagem é a Carolina do Norte, onde Obama venceu facilmente em 2008. No entanto, as altas taxas de desemprego no estado, de 10,4% (superior a média nacional, de 9,1%), fizeram o atual presidente perder o apoio local.
Em seu primeiro comício no estado, em Asheville, o líder defendeu seu plano de emprego, rejeitado na semana passada no Senado, ao não conseguir os sessenta votos necessários para a aprovação. Obama acusou os republicanos de não quererem ajudar o povo americano.
Para o mandatário, é essencial conseguir a aprovação do programa, avaliado em US$ 447 bilhões, no qual investiu boa parte de seu capital político.
"Talvez os republicanos não tenham compreendido tudo, por isso vamos tentar aprová-lo de pedaço em pedaço", afirmou o líder americano.
A primeira parte, segundo declarou nesta segunda-feira seu porta-voz, Jay Carney, será uma ajuda de US$ 35 bilhões de dólares aos estados, que tiveram suas finanças seriamente golpeadas pela crise, para que possam contratar novos funcionários, professores e policiais.
De acordo com o porta-voz, esta medida poderia ser apresentada ao Congresso muito em breve. O líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, poderia anunciá-la nesta segunda-feira. O futuro da lei, no entanto, ainda é incerto. Na próxima semana, o Congresso estará em recesso, e é provável que não realize a votação até novembro.
Além da aprovação do plano de emprego, a viagem de Obama tem como objetivo se reaproximar de seus eleitores. Se em 2008 Carolina do Norte e Virgínia, dois estados tradicionalmente republicanos, votaram em Obama, dessa vez a disputa eleitoral nas duas localidades será bastante acirrada.
Uma enquete divulgada no início deste mês indica que 52 % dos moradores de Virginia desaprovam a gestão de Obama, enquanto na Carolina de Norte esse índice é de 42%. A popularidade do presidente no país é de 42%, índice mais baixo desde que Obama chegou à Casa Branca.
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