
Guadalajara - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, voltou a afirmar ontem que apoia o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, e que quer ver "restaurada a ordem constitucional do país. Obama participa, na cidade mexicana de Guadalajara, de reunião com o colega Felipe Calderón (México) e com o premiê Stephen Harper (Canadá).
Em comunicado, as autoridades da América do Norte "reafirmaram o apoio ao acordo de San José (elaborado pelo presidente da Costa Rica, Óscar Arias) e ao esforço da OEA em buscar uma solução pacífica para a crise política, uma solução que reinstaure o governo democrático e a lei e que respeite os direitos de todos os cidadãos hondurenhos.
Obama disse ainda que os críticos à resposta de Washington ao golpe de Estado em Honduras são hipócritas ao exigirem maior empenho norte-americano para restaurar o presidente deposto. Zelaya, um aliado do presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse na semana passada que os EUA precisam "apenas fechar suas mãos" para expulsar o governo interino instalado desde que ele foi deposto, em junho. "Os críticos que dizem que os EUA não intervieram o bastante em Honduras são as mesmas pessoas que dizem que estamos sempre intervindo e que os ianques precisam sair da América Latina", afirmou Obama.
Cúpula
A reunião dos líderes dos países da América do Norte Estados Unidos, Canadá e México debateu a formação de uma frente unida pela recuperação econômica e pelo comércio, além do combate à pandemia de gripe A (H1N1) e o aquecimento global.
Os três líderes concordaram que o comércio na América do Norte é um elemento vital para o bem-estar econômico e prometeram evitar medidas de protecionismo comercial ao mesmo tempo em que reiteraram o compromisso para sustentar os acordos de proteção dos direitos dos trabalhadores e do meio ambiente. Eles também prometeram continuar a investir em tecnologia para proteger suas fronteiras sem diminuir o comércio.
Separadamente, os líderes norte-americanos endossaram uma acelerada revisão do Banco Interamericano de Desenvolvimento para assegurar que a instituição tenha recursos suficientes de curto prazo para oferecer empréstimos que ajudem a diminuir os efeitos da crise econômica nas regiões mais pobres.
Outra preocupação de Obama e Calderón é o narcotráfico na fronteira de México e EUA. O presidente dos Estados Unidos expressou apoio às medidas de combate aos narcotraficantes adotadas pelo presidente mexicano, mas reiterou a importância do respeito aos direitos humanos. Anteriormente, vários congressistas norte-americanos demonstraram preocupação pelos vários relatos de abusos das forças mexicanas.



