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Dois dias depois do vazamento de 92 mil documentos militares secretos sobre a guerra no Afeganistão, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou ontem que o material "não revelou nada que não tenha sido antes informado ou publicamente debatido".

Numa tentativa de mudar o eixo das discussões, Obama insistiu que a estratégia norte-americana não vai mudar e pressionou os líderes do Congresso a aprovarem a suplementação de verba de US$ 37 bilhões para as tropas no Afeganistão e no Iraque.

O vazamento foi comparado ao escândalo dos Papéis do Pentágono, a divulgação de um conjunto de 14 mil páginas de documentos ultrassecretos sobre a Guerra do Vietnã, em 1971, que levou o então presidente Richard Nixon a dar início a uma batalha judicial para impedir sua publicação pelo jornal The New York Times - que divulgou as informações com base em liminares. O caso minou o já frágil apoio ao esforço de guerra.

"Os documentos apontam para os mesmos desafios que nos levaram a uma extensa revisão na nossa política no outono passado", afirmou Obama, referindo-se à estratégia para o Afeganistão lançada em dezembro de 2009 e atualmente em vigor. "Essa legislação (de suplementação de verba) é um importante passo na direção correta. Mas eu quero enfatizar isso: esse será apenas o primeiro passo", completou.

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