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O presidente americano, Barack Obama, disse esta quinta-feira que está "orgulhoso" da operação militar internacional na Líbia, ao destacar, após a morte do ex-ditador Muamar Kadhafi: "fizemos exatamento o que dissemos que íamos fazer".

A campanha da Otan de apoio aos rebeldes líbios demonstrou "enorme capacidade" da ação multilateral e que a operação ajudou os líbios a escreverem sua própria história, afirmou Obama, ao receber o premier norueguês, Jens Stoltenberg, no Salão Oval da Casa Branca.

"A cada oportunidade de trabalhar com sócios extraordinários como a Noruega, seremos ainda mais eficazes", disse Obama sobre a campanha da Otan para acabar com o regime de Kadhafi.

"Nós lhe demos a oportunidade para determinar o próprio destino", destacou o presidente sobre Kadhafi, morto por tropas do Conselho Nacional de Transição.

Mais cedo, Obama afirmou que a morte de Kadhafi marca "o final de um capítulo longo e doloroso" para os líbios, que têm, "a partir de agora, a chance de poder determinar seu próprio destino em uma Líbia nova e democrática".

Obama também alertou os regimes de "mão de ferro" no mundo árabe, afirmando que eles estão prestes a desaparecer.

"Para a região, os eventos de hoje provam mais uma vez que os regimes de mão-de-ferro sempre acabam. Em todo o mundo árabe, cidadãos se levantaram para exigir seus direitos. Os jovens rejeitam com força a ditadura. E esses dirigentes que tentam recusar sua dignidade não conseguirão fazer isso", afirmou Obama durante um breve discurso na Casa Branca.

Kadhafi morreu nesta quinta-feira em Sirte, sua cidade natal, em uma ação sobre a qual pairam várias dúvidas.

Segundo o chefe executivo do Conselho Nacional de Transição (CNT), Mahmud Jibril, "quando o encontraram (Kadhafi) estava bem de saúde e carregava uma arma, mas ao arrancar com um veículo foi envolvido em um tiroteio entre combatentes 'kadhafistas' e revolucionários, e recebeu um disparo na cabeça". Em seguida, foi levado em uma pick-up e "estava vivo até chegar ao hospital" de Misrata.

Horas antes, Mohamed Leith, comandante das forças do CNT no sul de Misrata, disse que "Kadhafi estava em um jeep contra o qual os rebeldes abriram fogo". "Saiu do veículo e tentou fugir por uma tubulação, mas nossas forças abriram fogo e ele saiu com um Kalashnikov (fuzil de assalto) em uma mão e uma pistola na outra".

"Olhou para a direita e para a esquerda e disse: 'o que ocorre aqui'. Os rebeldes abriram fogo outra vez, ferindo-o no ombro e na perna, e ele sucumbiu".

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