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O presidente norte-americano Barack Obama desafiou o mundo na terça-feira a agir com presteza para combater o aquecimento global, mas não ofereceu novas propostas que pudessem relançar as conversações sobre um pacto climático da ONU, que enfrentam um impasse.

Discursando pouco após Obama numa cúpula especial da ONU sobre o aquecimento global, o presidente chinês Hu Jintao prometeu reduzir a importância do carbono no crescimento econômico de seu país.

Em seu discurso, Obama disse que o tempo para fazer frente ao problema está se esgotando.

"A resposta dada por nossa geração a este desafio será julgada pela história, pois, se deixarmos de fazer frente a ele --com ousadia, presteza e união-- corremos o risco de legar uma catástrofe irreversível às gerações futuras," disse ele.

"O tempo que temos para reverter esta maré está se esgotando."

Ativistas esperavam que EUA e China injetassem novo impulso na discussão, dois meses e meio antes do encontro de 190 países em Copenhague com o objetivo de fechar um pacto para desacelerar as mudanças climáticas.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que convocou a reunião, disse que as conversações estão procedendo muito lentamente.

"Deixarmos de fechar um pacto amplo em Copenhague seria moralmente indesculpável, um ato de miopia econômica e inconveniência política," disse Ban.

"Não podemos seguir por esse caminho. Se aprendemos alguma coisa com as crises do último ano, é que nossos destinos estão interligados," disse ele.

As conversações que antecedem a conferência de 7 a 18 de dezembro em Copenhague mostraram países desenvolvidos e em desenvolvimento divergindo em relação à distribuição dos limites às emissões. Os países mais pobres estão pressionando os mais ricos para contribuírem centenas de bilhões de dólares por ano para ajudá-los a fazer frente à elevação das temperaturas.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, disse que as negociações estão "perigosamente próximas de um impasse" e correm o risco de um "colapso amargo" se não houver progressos mais rápidos.

Obama e Hu, que terão um encontro reservado depois da cúpula, podem ajudar a superar esse impasse.

Uma proposta agressiva da China no controle das suas emissões --mesmo sem uma limitação absoluta-- pode coibir as críticas de políticos norte-americanos que relutam em aceitar um corte expressivo para as emissões dos EUA se não tiverem uma contrapartida de Pequim.

Obama tem deixado a questão climática em segundo plano diante do seu empenho em aprovar uma reforma da saúde. Mas ele disse em seu discurso que os Estados Unidos fizeram nos últimos oito meses mais do que em toda sua história para reduzir a poluição por carbono.

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