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Ativistas antiaborto protestam contra a proposta de reforma da saúde: Obama enfrenta resistência de conservadores | Mandel Ngan/AFP
Ativistas antiaborto protestam contra a proposta de reforma da saúde: Obama enfrenta resistência de conservadores| Foto: Mandel Ngan/AFP

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conclamou o Con­­gresso de seu país, em discurso pronunciado ontem à noite, a aprovar uma ampla reforma do sistema de saúde.

Ele declarou que está aberto a boas ideias de ambos os partidos e, por isso, "acabou o tempo dos jo­­guinhos" políticos e chegou o mo­­mento de ajudar milhões de pessoas que têm seguro de saúde e tantas outras que ainda não possuem. "Eu não sou o primeiro presidente a levantar esta causa, mas estou determinado a ser o último", de­­clarou Obama no discurso, transmitido ao vivo pelas principais emissoras de televisão dos EUA.

"Já faz quase um século desde que Theodore Roosevelt pediu pela primeira vez a reforma na saúde. E desde então, quase todos os presidentes, democratas e republicanos, tentaram de alguma maneira enfrentar esse desafio", disse Obama.

O discurso ocorre em um mo­­mento no qual a popularidade de Obama está em queda, a oposição republicana encontra-se na ofensiva e os aliados democratas do pre­­sidente mostram-se divididos quanto ao tipo de reforma a levar adiante.

A situação da saúde no país tor­­na-se decisiva para Obama apenas nove meses depois de ele ter assumido o cargo em meio a enormes ex­­pectativas.

Analistas acreditam que o resultado da reforma do sistema de saúde determinará se ele tem ou não poder político para levar adiante propostas a temas como mudanças climáticas, controle de armas e a guerra no Afeganistão.

A expectativa é de que o sucesso ou o fracasso de Obama sejam determinantes também para as eleições legislativas de meio de mandato, que ocorrerão no segundo semestre de 2010.

Obama lembrou das dificuldades das cerca de 36 milhões de pessoas nos EUA que não têm ne­­nhuma cobertura de saúde."Nosso fracasso coletivo em en­­frentar esse desafio nos levou ao limite. Todo mundo entende a carga ex­­traordinária colocada sobre os que não têm seguro-saúde, que ficarão à beira da falência se sofrerem um acidente ou uma doença", declarou.

"Saibam disso: eu não perderei tempo com aqueles que calcularam que é melhor matar este plano a melhorá-lo", alertou.

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