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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu nesta quarta-feira (25) "continuar trabalhando" com o Congresso para combater a violência provocada pelas armas de fogo, cinco dias após o massacre de Aurora (Colorado).

"A cada dia perdemos tantos jovens por causa da violência, como as pessoas que morreram neste cinema" em Aurora, disse Obama sobre o atirador que deixou 12 mortos e 58 feridos durante a estreia do último filme do Batman, na sexta-feira passada.

"Quando ocorre uma tragédia tão horrível como esta que vimos, é preciso agir, discutir novas formas e novas leis. Mas muitas vezes, estes esforços fracassam devido à política e aos grupos de pressão", disse Obama em Nova Orleans, que clara referência à National Rifle Association, que lidera o lobby das armas.

Obama destacou que não rejeita a segunda emenda à Constituição, que garante o direito à posse de armas nos Estados Unidos. "Penso que devemos reconhecer as tradições dos proprietários de armas, que são passadas de geração para geração. A caça e o tiro esportivo fazem parte da herança nacional (...) mas também penso que muitos proprietários de armas concordam que os Kalachnikovs (AK-47/fuzil de assalto) devem ficar nas mãos dos soldados e não dos criminosos. São armas de campo de batalha e não para nossas ruas e cidades".

James Holmes, autor do massacre do cinema no Colorado, utilizou um fuzil AR-15, uma escopeta Remington e duas pistolas Glock, armas compradas legalmente, do mesmo modo que mais de 6 mil balas, adquiridas via Internet nos dois meses anteriores à tragédia.

A questão da posse e porte de armas nos Estados Unidos é um tema delicado para Obama antes das eleições presidenciais de novembro, já que em vários estados-chave - como Ohio, Pensilvânia e Virginia - a população é amplamente favorável a seu direito de portar armas de fogo.

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