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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, perde apoio em seu próprio país, mas os europeus ainda o aprovam com ótimos índices, revelou uma pesquisa divulgada pelo German Marshall Fund. Um recorde de 77% dos europeus aprovam o modo como Obama lida com os assuntos internacionais, em comparação com 19% de apoio, um ano atrás, a seu antecessor, George W. Bush.

Na Alemanha, maior país da Europa, o salto do novo líder foi de 80 pontos, o maior nos sete anos em que a sondagem tem sido realizada. As notícias para Obama pessoalmente são boas, mas nem tanto para a política externa norte-americana. Os europeus permanecem céticos quanto aos objetivos dos EUA no Afeganistão, a pressão diplomática do país junto ao Irã, em relação ao programa nuclear iraniano, e o apoio de Washington à entrada da Turquia na União Europeia.

"O presidente não foi capaz de converter popularidade pessoal em apoio real a suas políticas", notou o diretor executivo do Centro Transatlântico do German Marshall Fund, Ronald Asmus. Após o 11 de setembro de 2001, tanto europeus quanto norte-americanos concordaram com a invasão ao Afeganistão. Agora com os custos crescentes e nenhuma solução à vista, a opinião pública europeia reduziu seu apoio à guerra.

Obama já obteve permissão do Congresso dos EUA para enviar mais 21 mil soldados ao território afegão. O principal comandante dos EUA no país, Stanley McChrystal, pode pedir ainda mais militares. O presidente diz contar com o apoio europeu na missão para estabilizar o país. Entre os europeus, a maioria quer a redução das tropas estrangeiras no Afeganistão.

Irã

Em relação ao Irã, 47% dos norte-americanos apoiam um ataque ao país, em comparação com apenas 18% entre os europeus. No caso da entrada da Turquia na União Europeia (UE), apenas 12% dos franceses e 16% dos alemães consideram o caso como "algo bom". Já entre os norte-americanos, o apoio sobe para 41%. Em relação ao meio ambiente, 43% dos norte-americanos consideram que não compensa reduzir as emissões de poluentes, se isso vai prejudicar a economia. Na Alemanha, 59% dos pesquisados se disseram "muito preocupados" com as mudanças climáticas.

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