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O presidente dos EUA, Barack Obama, se reúne na terça-feira com os líderes de uma comissão criada por ele para investigar o pior derramamento de óleo na história do país, que agora representa uma nova ameaça às costas do Mississippi e Alabama.

O vazamento em um poço da empresa BP no Golfo do México já supera o acidente de 1989 com o navio Exxon Valdez na costa do Alasca. No 43º dia da operação para tentar conter o petróleo, a empresa britânica preparou um novo plano para canalizar o material até a superfície, por meio de um tubo de 1.600 metros.

A empresa anunciou no fim de semana o fracasso da sua tentativa de "sufocar" o vazamento com lama. Na terça-feira, as ações da BP despencaram 14% (não houve pregão na segunda-feira em Londres e Nova York, por causa de um feriado).

A BP diz que a operação já consumiu 990 milhões de dólares. Desde o acidente, em 20 de abril, a BP já perdeu mais de 60 bilhões de dólares do seu valor de mercado.

Depois de sofrer críticas de autoridades da Louisiana pela suposta demora do governo federal em reagir ao acidente, Obama fará na terça-feira sua primeira reunião com os copresidentes da comissão que ele criou para oferecer recomendações a respeito da atividade petrolífera em alto mar.

É uma comissão semelhante às que examinaram os acidentes de 1986 com a nave espacial Challenger e de 1979 na usina nuclear de Three Mile Island.

Paralelamente, o secretário de Justiça dos EUA, Eric Holder, fará em Nova Orleans uma reunião com procuradores federais e estaduais, prenunciando uma possível investigação criminal sobre o caso.

O poço da BP começou a jorrar petróleo depois que uma plataforma de perfuração que estava sobre o local explodiu e afundou, matando 11 funcionários. Os manguezais e as áreas pesqueiras da Louisiana são as regiões mais atingidas até agora, mas a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) disse que ventos moderados do sul e sudeste podem fazer com que nesta semana a mancha de óleo se desloque para o norte, talvez chegando até quinta-feira aos arrecifes das costas do Mississippi e Alabama.

A mancha já se espalha por mais de 160 quilômetros da frágil costa da Louisiana. Mississippi e Alabama registraram apenas eventuais bolas de piche e pequenas quantidades de óleo em suas praias.

Mas o boletim da NOAA serviu como lembrete de que a mancha continua vagando descontrolada pelo Golfo do México, podendo ameaçar inclusive a turística Flórida, além de Cuba e México.

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