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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, escolheu nesta quarta-feira uma data "provocativa" para ir ao Congresso apresentar novas propostas econômicas, na mesma noite em que os pré-candidatos republicanos à Presidência realizam um debate.

Em carta a líderes parlamentares, o presidente democrata pediu a convocação de uma sessão conjunta da Câmara e do Senado no próximo dia 7, às 20h (21h em Brasília), a fim de apresentar um plano para a criação de empregos, estímulo econômico e redução do déficit.

"Conforme eu viajava pelo país neste verão (boreal) e falava com nossos compatriotas norte-americanos, ouvi uma mensagem consistente: Washington precisa deixar de lado a política e começar a tomar decisões baseadas no que é melhor para o país, e não no que é melhor para cada um dos nossos partidos, a fim de que a economia cresça e empregos sejam criados", disse Obama na carta. "Precisamos responder a esse apelo."

O deputado republicano John Boehner, presidente da Câmara, ainda não respondeu à solicitação do presidente, que depende de aprovação do plenário de ambas as Casas. Uma sessão conjunta do Congresso daria ao presidente a mesma visibilidade que o discurso anual do Estado da União, numa aparente manobra dele para buscar um amplo apoio de democratas e republicanos às suas propostas.

Por outro lado, a coincidência da data com o debate republicano seria uma maneira de ofuscar o evento da oposição, marcado para a Biblioteca Reagan, na Califórnia. As redes de TV teriam de optar entre exibir um ou outro.

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, negou que essa sobreposição tenha sido intencional, e disse que os republicanos provavelmente apreciarão a possibilidade de responder imediatamente ao plano do presidente.

"É nossa responsabilidade encontrar soluções bipartidárias para ajudar nossa economia a crescer, e, se estamos dispostos a colocar o país à frente dos partidos, estou confiante de que poderemos fazer justamente isso", afirmou Obama na carta.

As suas propostas, afirmou, incluirão medidas que o Congresso poderá aprovar imediatamente para fortalecer as pequenas empresas e "colocar mais dinheiro nos contracheques da classe média e dos norte-americanos trabalhadores", ao mesmo tempo em que reduziriam o déficit.

Carney disse que a maior ênfase do discurso será na criação de empregos, e que detalhes sobre a redução do déficit ficariam para mais tarde.

As medidas devem incluir programas para financiar obras de infraestrutura, para ajudar mutuários em dificuldades, e benefícios tributários para estimular contratações de empregados.

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