Washington - Se a primeira grande viagem ao exterior, em abril, foi feita ainda sob o efeito da lua de mel da opinião pública mundial e o novo presidente norte-americano, o segundo tour de Barack Obama pelo Oriente Médio e Europa acontece sob pressão tanto doméstica como externa. Dessa vez, a cobrança para que o democrata volte com resultados concretos será maior.
Obama inicia sua principal visita ao Oriente Médio como presidente pela Arábia Saudita, de onde seguiria para o Egito, cuja capital, Cairo, será palco de seu primeiro pronunciamento voltado ao mundo islâmico em um país árabe, cercado de grandes expectativas. De lá, parte para a Europa, onde se encontra com os líderes da França e da Alemanha.
Da última vez, o presidente partiu dos EUA com três objetivos claros: apresentar o novo rosto de Washington ao mundo, um rosto menos beligerante e mais propenso à diplomacia; conseguir que os aliados europeus da Otan (aliança militar ocidental) colocassem mais tropas na zona de conflito do Afeganistão-Paquistão; e convencer a União Europeia a injetar mais dinheiro nas economias locais, em planos de estímulo. Apenas o primeiro ponto, porém, foi bem-sucedido.
O ideal seria se Obama conseguisse voltar agora com algum tipo de compromisso da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente francês, Nicolas Sarkozy, acredita Charles Kupchan, especialista em Europa do Council on Foreign Relations, de Nova Iorque. Quais compromissos? O de aceitar ex-prisioneiros de Guantánamo, por exemplo, ou o aumento das tropas no Afeganistão.
Já no Oriente Médio, o problema é o excesso de expectativa. Segundo resultados do 2009 Annual Arab Public Opinion Survey, parceria do instituto Zogby International e a universidade de Maryland, 45% dos árabes ouvidos têm opinião positiva sobre Obama, e 51% têm esperança em relação a seus planos para a região.
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