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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, voou nesta sexta-feira para o epicentro de um dos piores desastres causados por tornado no país e prometeu dar apoio federal para a recuperação, depois que ao menos 328 pessoas foram mortas.

O presidente e sua família visitaram a devastada cidade universitária de Tuscaloosa, no Alabama, o mais atingido dos sete Estados afetados esta semana por tornados e tempestades que destruíram bairros inteiros. Foi a pior catástrofe natural nos EUA desde o furacão Katrina, em 2005.

Só no Alabama, 228 pessoas morreram na tragédia, segundo autoridades de emergência.

"Vamos fazer tudo que pudermos para ajudar na reconstrução destas comunidades", disse Obama aos repórteres. "Não podemos trazer de volta os que perderam suas vidas ... mas os danos materiais, que são obviamente extensos, isso é algo com que podemos fazer alguma coisa."

"Nunca vi uma devastação como essa. É de cortar o coração", afirmou Obama, acompanhado da mulher, Michelle, e do governador do Alabama, Robert Bentley.

Ao se aproximar do aeroporto em Tuscaloosa, o Air Force One sobrevoou a zona atingida pelo tornado, dando a Obama e sua família uma visão clara de um gigantesco corte de quilômetros de devastação com centenas de metros de largura.

O presidente deseja mostrar que a ajuda federal está a caminho e que ele considera o desastre uma prioridade. Seu antecessor, o presidente George W. Bush, foi duramente criticado pelo que foi considerado uma resposta lenta ao furacão Katrina.

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que Obama "quer que fique bem visível para o resto dos Estados Unidos o sofrimento que uma tempestade como esta implica para tantas famílias".

A recuperação pode custar bilhões de dólares e, até mesmo com auxílio federal, o desastre deverá atrapalhar os esforços de Estados afetados para se recuperar da recessão. Será um fardo adicional para os municípios lutando com finanças frágeis.

Os tornados são um evento normal no Sul e Meio-Oeste dos EUA, mas raramente são tão devastadores. Mortes também foram relatadas no Mississippi, Tennessee, Arkansas, Geórgia, Virgínia e Louisiana.

Usina nuclear fechada

Os tornados devastaram a indústria de aves do Alabama - o Estado é o terceiro produtor de frango dos EUA - e destruíram pelo menos uma mina de carvão e outras indústrias.

A segunda maior usina de energia nuclear EUA, a Browns Ferry, no Alabama, deverá continuar fechada por semanas, após um blecaute automaticamente encerrar suas operações, evitando um desastre nuclear, disseram as autoridades.

A confecção VF Corp disse um dos seus centros de distribuição de jeans, localizado em Hackleburg, Alabama, foi destruído e um operário morreu.

Na madrugada de sexta-feira, autoridades enviaram equipes de resgate para Tuscaloosa, onde fica a Universidade do Alabama, para ajudar os sobreviventes depois que os furacões na quarta-feira devastaram casas e empresas.

Os furacões, incluindo um de mais de 1,5 quilômetro de largura, reduziram casas a escombros, capotaram carros e causaram apagões generalizados.

"Estamos trazendo os cães farejadores de corpos", disse Heather McCollum, assistente do prefeito de Tuscaloosa, que calculou o número de mortes na cidade em 42, mas afirmou que esta cifra poderia aumentar. Ela disse que 900 pessoas ficaram feridas.

Centenas de pessoas ficaram desabrigadas pelos tornados e estão em abrigos. O toque de recolher continuaria em vigor na sexta à noite para evitar saques, embora não tenha havido quase nenhum incidente do tipo, disse ela.

A cidade foi inundada de ofertas de ajuda de todo o país, disse McCollum à Reuters.

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