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Ao menos 22 supostos integrantes do cartel de Los Zetas morreram desde sexta-feira (14) em confrontos com forças do exército e da polícia mexicana em uma região do estado de Nuevo León, perto da fronteira com os Estados Unidos, onde o grupo de narcotráfico tem mais de 200 homens.

A operação, da qual participaram centenas de militares e policiais apoiados por helicópteros, perseguia integrantes dos Zetas que fugiram de fazendas na comunidade de San Carlos, no município de Vallencillo, após a prisão de um chefe local do cartel.

"Estamos falando de 22 vítimas mortais entre sexta-feira (14) e domingo (16) na mesma comunidade" do município de Vallencillo, a cerca de 150 km da fronteira com os Estados Unidos, disse nesta segunda-feira (17) à imprensa o porta-voz de segurança de Nuevo León, Jorge Domene, que não informou se as operações foram finalizadas.

Los Zetas receberam uma série de revezes na última semana nos estados de Tamaulipas (nordeste), Nuevo León e Coahila (norte), todos fronteiriços com os Estados Unidos.

Nesses três estados se supõe que os Zetas - um grupo criado há quase duas décadas por ex-militares de força de elite que desertaram do exército mexicano para trabalhar com o narcotráfico - têm campos de treinamento e refúgio.

Conforme os Zetas recebem golpes nos estados fronteiriços, ampliam-se suas ações nos estados de Durango e Veracruz, um pouco mais ao sul, onde a violência aumentou nos últimos meses.

Segundo uma fonte da promotoria de Nuevo León, que pediu para não ser identificada, a presença dos Zetas na região de Vallencillo foi confirmada às autoridades por Marco Garza de León Quiroga, apelidado de El Chabelo, considerado chefe local da organização e que foi detido na sexta-feira junto a dez guarda-costas.

A prisão de El Chabelo deu origem a confrontos e tiroteios com outros integrantes de sua organização.

El Chabelo não é o único chefe dos Zetas na região capturado na última semana. Na quarta-feira (12), Carlos Oliva Castillo, apelidado de La Rana, apontado como homem de confiança de Heriberto Lazcano, conhecido como El Lazca, máximo líder dos Zetas, foi detido em Saltillo, capital de Coahuila.

Oliva Castillo também foi apresentado como autor intelectual do incêndio de um cassino no qual 52 pessoas morreram em Monterrey, pólo industrial do norte do país e capital de Nuevo León.

Também Coahuila, os militares resgataram no fim de semana 61 homens, entre eles um hondurenho, sequestrados pelos Zetas perto da cidade de Piedras Negras, sobre a linha fronteiriça, e prenderam três membros do grupo criminoso.

A violência com a qual atuam os Zetas propagou o terror nos últimos anos nesses três estados do norte do México, onde este ano foram registradas ao menos 2.400 mortes relacionadas com o crime organizado, segundo estatísticas de autoridades locais reportadas pelo jornal Reforma.

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