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O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, afirmou neste domingo que não colaborará com o novo governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP), enquanto este não cumprir as condições impostas pelo chamado Quarteto do Oriente Médio, entre elas o reconhecimento do Estado israelense e o fim da violência.

- Um governo palestino que não cumpre as condições do Quarteto não poderá obter o reconhecimento e a colaboração do Estado de Israel - disse Olmert, antes de começar a sessão semanal do Conselho de Ministros.

Ele explicou que a decisão foi tomada em "completa coordenação" com o com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.

- Nossa postura é irremovível - acrescentou.

Segundo Olmert, o presidente americano expressou seu acordo e compreensão com a postura de Israel em relação ao governo palestino.

Os EUA têm se empenhando para manter um front unido com o Quarteto, que inclui a União Européia, Rússia e a Organização das Nações Unidas (ONU).

Na sexta-feira, Bush falou por telefone com os líderes de Israel, da ANP e da Arábia Saudita em uma rodada de telefonemas para abrir caminho para a visita de sua secretária de Estado, Condoleezza Rice, que chegou no sábado à região para reuniões Olmert e o presidente palestino, Mahmoud Abbas.

Para Israel, a cúpula de segunda-feira servirá para "analisar o horizonte diplomático após o Acordo de Meca" entre o Fatah e o Hamas, disse o primeiro-ministro israelense.

Abbas, da facção Fatah, fechou neste mês um acordo de divisão de poder com líderes do Hamas, grupo radical classificado como terrorista pelos EUA. O compromisso não fala explicitamente em reconhecer Israel ou renunciar à violência.

Numa rodada de contatos antes da cúpula, Condoleezza se reuniu neste domingo com o ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, que insistiu na necessidade de a ANP libertar o soldado Gilad Shalit, capturado por extremistas palestinos em junho passado, e cumprir as condições do Quarteto.

Durante o encontro com o ministro, Condoleezza foi questionada sobre se havia um acordo para boicotar o governo de união palestino. Ela não respondeu, apesar de ter dito no sábado que a decisão ainda não havia sido tomada.

Depois, a secretária de Estado foi até a cidade de Ramallah, na Cisjordânia, para uma reunião com Abbas. Ela disse que seu objetivo é obter mais detalhes sobre o acordo palestino.

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