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O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, deseja a participação alemã em uma força internacional, mas rejeita a proposta do ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, de introduzir a Síria nas negociações de um processo de paz.

"Comuniquei à chanceler Angela Merkel que não temos absolutamente nenhum problema em relação à presença de soldados alemães no Sul do Líbano", afirma o chefe do governo israelense em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal "Süddeustche Zeitung".

Após afirmar que deseja a participação alemã, Olmert lembrou que o contingente faria parte de uma força destinada a defender" Israel e diz que atualmente "não há nenhuma outra nação que se comporte tão amistosamente" em relação a seu país quanto a Alemanha.

Até agora, o governo alemão não se pronunciou sobre uma eventual participação em uma força internacional, com o argumento de que não existe ainda uma convocação.

Na Alemanha a questão é considerada complexa, por razões históricas. O debate levantou até mesmo a possibilidade de que, em algum momento, soldados alemães tenham que atirar em israelenses.

Olmert diz que não vê razão para preocupação e que também desejaria a presença dos Estados Unidos. O primeiro-ministro rejeitou, porém, a proposta lançada por Steinmeier de levar a Síria às negociações de paz.

"Tenho dúvidas sobre as intenções da Síria", afirma, argumentando que o país tem se negado a interceder pela libertação dos dois soldados israelenses capturados pelo Hisbolá.

Olmert rejeita além disso um possível papel da Alemanha como intermediária numa negociação com a milícia para conseguir a libertação dos soldados. "Angela Merkel é uma mulher extraordinária e uma amiga de Israel. Mas não pedimos a mediação da Alemanha", diz.

O governante também se mostra convencido de que Israel ganhará a batalha contra a milícia. "Mas não podemos matar todos os membros do Hezbollah", admite.

Ele afirma que seu plano é estabelecer uma zona de segurança de "oito a dez quilômetros" no Líbano, ao longo da fronteira norte de Israel, e que a ofensiva terminará "assim que uma força internacional" assumir a tarefa.

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