O primeiro-ministro israelense Ehud Olmert afirmou ontem que a ofensiva na Faixa de Gaza está se aproximando de seus objetivos, mas continuará. "Israel está muito próximo do seu objetivo. Mas temos que ser pacientes, determinantes e fortes para saber que teremos que mudar a situação de segurança no sul", disse Olmert.
O vice-ministro israelense da Defesa, Matan Vilnai, no entanto, disse que o fim da ofensiva está próximo. "A decisão do Conselho de Segurança (pedindo um cessar-fogo) não nos dá mais tanta margem de manobra. Portanto, suponho que estamos próximos do fim das ações terrestres e do conjunto das operações de uma maneira geral", afirmou Vilnai à rádio pública.
O ministro da Defesa, Ehud Barak, disse que o Exército israelense continua "com eficácia" sua ofensiva ao mesmo tempo que o governo "explora vias diplomáticas para encerrar a operação". Olmert justificou a recusa de Israel de suspender sua ofensiva contra o Hamas apesar do número elevado de vítimas civis palestinas e um apelo explícito do Conselho de Segurança da ONU para um cessar-fogo imediato.
"Nenhuma resolução que seja no passado ou no futuro poderá nos tirar o direito de defender nossos cidadãos", disse em referência aos disparos de foguetes do Hamas contra o sul de Israel. O primeiro-ministro acusou as Nações Unidas de tomar partido contra Israel.
"Nós não alimentamos a ilusão de que o que parece evidente e natural para qualquer outro Estado do planeta, quando se trata de defender seus cidadãos, seria válido para Israel", afirmou Ehud Olmert.
A resolução que foi adotada por 14 dos 15 países membros do Conselho da ONU, pede "um cessar-fogo imediato, duradouro e plenamente respeitado, que leve à retirada completa das forças israelenses de Gaza". O documento condena qualquer violência e hostilidade contra civis e qualquer ato de terrorismo, sem designar explicitamente os tiros de foguetes do Hamas, e pede o fornecimento sem obstrução da ajuda humanitária.
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