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O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, se reunirá, nesta quarta-feira, segundo dia de sua visita a Pequim, com o premier chinês, Wen Jiabao, a quem pedirá apoio para frear o programa nuclear iraniano, assinalou a Embaixada de Israel na capital chinesa.

-Estamos seguros de que tranto no encontro de hoje (quarta-feira) com Wen, como no de amanhã com o presidente Hu Jintao, Olmert vai pedir apoio contra o programa nuclear iraniano- disse o porta-voz da embaixada.

China e Rússia são os dois membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (ao qual também pertencem os Estados Unidos, França e Reino Unido) favoráveis a que fossem suavizadas as sanções internacionais contra o governo de Teerã. O Conselho finalmente votou por unanimidade a Resolução 1737, em 23 de dezembro passado, mediante a qual o Irã enfrentará sanções mais rígidas caso não freie suas atividades de enriquecimento do urânio num prazo de 60 dias, embora o governo iraniano assegure que seu programa nuclear tem fins pacíficos.

Olmert pedirá a Wen que apóie as sanções no caso de Teerã desobedecer tal resolução, que impede a venda de materiais nucleares com os quais o Irã poderia desenvolver uma bomba atômica, algo visto como uma ameaça por Tel-Aviv.

A embaixada israelense informou ainda que Olmert já se reuniu esta manhã (hora local) com o ministro chinês de Comércio, Bo Xilai, e, em seguida, visitaria a Grande Muralha. O encontro com o premier chinês acontecerá mais tarde, no Grande Palácio do Povo.

Olmert assinará com a China três acordos de cooperação agrícola, cooperação em gestão de recursos hídricos e um plano executivo de quatro anos para intercâmbios culturais.

Nesta quinta-feira, último dia de visita, o primeiro-ministro israelense se reunirá com o presidente Hu Jintao.

O porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores, Liu Jianchao, afirmou, nessa terça-feira, em entrevista coletiva que a visita de três dias constitui uma oportunidade de consolidar os laços amistosos e o comércio bilateral, que movimenta em torno de US$ 3 bilhões por ano.

Os vínculos da China com o Irã e os países árabes, inclusive o grupo islâmico Hamas, que governa os territórios palestinos, preocupam Israel.

A viagem de Olmert, a primeiro à China desde sua eleição como primeiro-ministro, no ano passado, tem ainda como objetivo melhorar sua popularidade em Israel, após escândalos de corrupção, o ataque aéreo ao Líbano e a estagnação do diálogo com os palestinos.

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