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Genebra, Suíça – As negociações na Organização Mundial do Comércio (OMC) foram rompidas diante da ausência de compromisso das maiores potências para tomada de medidas para liberalização do comércio de bens manufaturados e agrícolas.

No domingo, depois de mais de 14 horas de reuniões, os ministros dos seis principais atores da OMC não conseguiram desbloquear o processo da Rodada Doha e, na madrugada de ontem, já se confirmava um colapso total das negociações.

Sem um acordo na OMC, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, admite que está agora "aberto" a voltar a negociar acordos bilaterais e regionais. O ministro, porém, insiste que esses acordos não são substitutos à OMC. Para diplomatas, o fracasso em Genebra obrigará vários países a repensar suas estratégias comerciais.

Com a crise, todas as reuniões entre os ministros que estavam planejadas para o mês serão canceladas e se cogita, até mesmo, a possibilidade de um entendimento para salvar apenas a imagem da organização em 2007.

No caso do Brasil, Amorim admite que estaria na hora de pensar em uma retomada das negociações para a criação de um bloco comercial entre o Mercosul e a União Européia (UE). Mariann Fischer Boel, comissária agrícola da Europa, é da mesma opinião e acha que o processo deve ser relançado antes do fim do ano.

O Itamaraty é criticado por alguns setores produtivos por não ter conseguido fechar acordos com as maiores economias nos últimos anos. As negociações entre o Mercosul e a UE estão virtualmente paralisadas desde 2004. As várias tentativas de reativar o processo esbarraram nas diferenças entre os dois blocos.

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